DÉRBI

Um reencontro depois de 1.925 dias

Sem Dérbi desde 2013, Guarani e Ponte Preta voltam a se enfrentar neste sábado, às 19h, no Brinco

Carlos Rodrigues e Paulo Santana
05/05/2018 às 10:39.
Atualizado em 28/04/2022 às 07:47
Brinco será palco sábado do dérbi de número 191 na história; jogo começa às 19h (Leandro Ferreira/AAN)

Brinco será palco sábado do dérbi de número 191 na história; jogo começa às 19h (Leandro Ferreira/AAN)

Após 1.925 dias, o maior clássico do Interior do Brasil está de volta. Em situações semelhantes na tabela da Série B do Brasileiro, Guarani e Ponte Preta fazem o 191º Dérbi neste sábado, às 19h, no Brinco de Ouro, pela quarta rodada. Será o primeiro clássico da história dos clubes com torcida única. Por determinação do Ministério Público, apenas bugrinos poderão acompanhar ao jogo no estádio, assim como no segundo turno será a vez dos ponte-pretanos. Na história dos confrontos, a vantagem é alviverde: 66 vitórias contra 61 da equipe alvinegra. No último duelo, porém, foi a Macaca quem se deu melhor — 3 a 1, no Paulista de 2013. Com apenas uma vitória em três jogos, o Guarani sabe os impactos que o Dérbi pode provocar. Enquanto uma vitória enche de moral e faz o time subir na tabela, um tropeço deixa o ambiente pesado. Em casa e com a atmosfera e público a favor — até ontem, mais de 16 mil ingressos já haviam sido vendidos —, a equipe conta com o fator casa. “É sempre bom jogar em seus domínios e com o apoio do torcedor. Isso tem feito a diferença a nosso favor nesse ano e espero que não seja diferente dessa vez”, diz o técnico Umberto Louzer. Essa vantagem, porém, não torna o Bugre favorito, na visão do treinador. “Os dois lados entram em igualdade. São equipes que se equivalem, independentemente do momento em que chegam. Clássico se nivela e tenho certeza que minha equipe estará preparada para desempenhar o melhor futebol”, avalia. Desde seu último compromisso, o Guarani teve 11 dias para se preparar da melhor forma possível para o Dérbi e tudo isso foi feito com bastante mistério. Louzer fechou os treinos e não confirmou a escalação, mas o time deve ter novidades, como os retornos dos atacantes Erik e Bruno Mendes, além das entradas de Edson Silva e Éverton Alemão na zaga. A dúvida é Lenon, que com uma gastroenterite pode ser vetado. Caso não jogue, Kevin entra na lateral-direita. Vindo de duas derrotas nas duas últimas partidas disputadas (Londrina e Flamengo, ambos por 1 a 0, em casa), a Ponte Preta encara o Dérbi como uma grande oportunidade de engrenar na Série B e garantir um pouco de tranquilidade para a sequência da temporada. Isso porque, na quinta-feira, já tem outro desafio de peso, às 19h30, no Maracanã, diante do Flamengo, no jogo da volta das oitavas de final da Copa do Brasil, quando precisará vencer para seguir em frente. Mas, por enquanto, o pensamento é só no Guarani e no Dérbi. “Trata-se de um clássico de riquísssima história. Por isso, é uma honra poder participar deste evento e ter a possibilidade de conseguir um bom resultado fora de casa”, disse Doriva. Na opinião do treinador, não existe favoritismo para nenhum lado. “Temos um time qualificado, assim como o lado de lá também tem. Por isso, é preciso ter atenção o tempo todo, erro zero e concentração lá em cima para não ter surpresa. Além disso, é preciso controlar o lado emocional”, avalia. O volante André Castro considera o Dérbi como uma final. “É um campeonato à parte. Uma vitória vai trazer confiança para a continuidade no campeonato. Vamos encarar como uma final. Eu joguei o Ba-Vi (Bahia x Vitória), um grande clássico também, e sei como é. Temos que jogar bola, jogar firme e com a cabeça tranquila, sempre focado. Não podemos cair em provocação”, diz, destacando que o fator campo não interfere. “Seria legal a gente vencer lá com o estádio todo contra a gente.”

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