Técnico bugrino critica arbitragem e comenta vaias da torcida após derrota na estreia para o Maringá
Jogada aérea durante a partida do Guarani contra o Maringá (Raphael Silvestre/Guarani FC)
O Guarani frustrou o torcedor em sua largada na Série C ao perder no Brinco de Ouro, por 3 a 2, para o Maringá. O técnico Maurício Souza lamentou o resultado, consumado pelo gol contra de Mateus Sarará, aos 49 do segundo tempo. No entanto, o comandante do Bugre elogiou o comportamento da equipe, que precisou abrir mão de suas características para se adequar ao que ele chamou de "jogo atípico". Segundo Souza, a arbitragem também influenciou no resultado ao validar um gol irregular da equipe paranaense.
SEM VAR
"O segundo gol deles foi extremamente irregular, o ponta estava completamente impedido", afirmou treinador, referindo-se ao posicionamento de Maranhão, que balançou as redes ao acertar um forte chute no ângulo, ainda no primeiro tempo, depois de o Guarani sair na frente do placar e ter cedido o empate. Na segunda etapa, os donos da casa ainda conseguiram, de pênalti, igualar o marcador, mas nos acréscimos, após um cruzamento de Raphinha, a bola bateu em Sarará, que marcou o gol contra em um lance de "infelicidade", na visão do treinador. A primeira fase da Série C não conta com o VAR.
Após a partida, Maurício Souza afirmou que o Guarani dedicou a maior parte da intertemporada no aperfeiçoamento do próprio modelo de jogo e o foco durante uma semana foi exclusivo para a estréia, em razão da maneira diferenciada do Maringá jogar, baseada em "confrontos" e na "marcação individualizada".
JOGO TRUNCADO
"O Maringá conduz o jogo a sua maneira e obriga o oponente a se formatar dentro do seu modelo. Não há espaço, nem jogo de entrelinhas ou circulação de bola. O que existe é passe vertical. Eles tiram completamente o nosso conforto. Se fizéssemos um jogo mais acelerado, talvez tivéssemos melhor sorte. Em alguns momentos, conseguimos igualar e até ser superiores, mas o adversário já joga assim há muito tempo", analisou Souza, reconhecendo que a partida foi "feia e truncada, na qual o adversário exagerou no número de faltas".
Para o comandante bugrino, o Guarani teve a chance da vitória a partir dos 42 minutos do segundo tempo, quando Bruno Charon foi expulso e o Bugre ficou com um jogador a mais. A partida estava empatada em 2 a 2. "Naquele momento, poderíamos fazer um jogo mais posicional e atacar a defesa deles num modelo mais nosso, mas não tivemos essa leitura", lamentou.
EXPLICAÇÕES
Souza frisou que o Guarani fez uma partida digna, "com chance de ganhar e perder". E não economizou elogios ao Maringá. "Jogamos contra uma equipe extremamente forte, vice-campeã do Paraná e que eliminou o Coritiba e Athletico e perdeu o título para o Operário nos pênaltis", avaliou, sem deixar de enaltecer também seus comandados. "Nossa equipe foi determinada, aguerrida, batalhou o tempo inteiro e procurou fazer o melhor dentro do que o jogo pedia."
Apesar do resultado adverso logo na estreia, o comandante bugrino afirma não se sentir pressionando. O time bugrino sofreu vaias da torcida após o apito final, reação considerada normal pelo treinador no contexto da derrota. "A tranquilidade se constrói de dentro para fora. O apoio do torcedor está condicionado ao que apresentaremos dentro de campo."
Sequência
A frustração maior da torcida foi fruto de a derrota acontecer logo após o grupo encerrar um período superior a 40 dias de preparação depois da disputa do Campeonato Paulista. "Vamos ter um time bem mais ajustado, mas isso não significa que teremos 100% de acerto nos jogos", explicou Souza.
O técnico bugrino já começou a projetar a equipe para o jogo contra o Brusque, domingo, às 16h, no Estádio Orlando Scarpelli.
No domingo seguinte, também às 16h, o time volta a jogar fora de casa, contra o Caxias, no Rio Grande do Sul.
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