Maurício Souza reconheceu que seu time pagou pelo excesso de erros (Raphael Silvestre\Guarani FC)
Maurício Souza fez um desabafo depois da derrota do Guarani por 4 a 1 contra o Palmeiras, domingo à noite, no Brinco de Ouro. Apesar de reconhecer que sua equipe pagou pelos erros em excesso, o treinador considerou "absurda" a decisão da arbitragem em não marcar um pênalti sobre Vinícius Kauê no segundo tempo. Na ocasião, o Bugre havia acabado de diminuir o placar para 3 a 1. "Poderíamos fazer 3 a 2 e mudar a trajetória do jogo", projetou.
Souza acredita ainda que a atitude da arbitragem, considerada por ele omissa, "foi maldosa". "É um absurdo o lance não ter sido checado ao menos pelo VAR para uma avaliação mais fidedigna. Vi 500 vezes o vídeo e ficou claro o toque."
O lance aconteceu um minuto depois de Deni Junior marcar o gol do Guarani após assistência de Emerson aos 19’ da etapa final. Na jogada, o lateral-esquerdo voltou a receber a bola e fez o cruzamento para a área. Kauê bateu desequilibrado e, no rebote, a finalização foi por cima.
"Quem ao menos já brincou de futebol e já tomou um esbarrão no pé de apoio sabe do que estou falando. O joelho do defensor se enrosca no pé de apoio do Kauê", afirma Souza. "Um garoto de 11 anos daria esse pênalti", continuou. "Não estou chorando e nem sou de falar de arbitragem. Também acho que não houve interferência do juiz no resultado. Mas, ao menos, o VAR poderia ser chamado."
PROBLEMAS
A entrada de Kauê no time refletiu os problemas que Souza enfrenta nesse início de temporada envolvendo contusões e desgaste físico. Sem opções, o treinador precisou improvisar o jogador, que é lateral-esquerdo, após a saída do meia Geovane ainda no primeiro tempo por lesão. No banco não havia nenhum jogador específico da posição. Anderson Leite, Caio Mello e Isaque, que poderiam ser alternativas, não foram relacionados. "Infelizmente, estamos tendo esses problemas de lesões, mas o Kauê nos ajudou muito e fez uma partida honesta."
Souza não deixou de enfatizar os erros na saída de bola que foram fatais na partida. Os três primeiros gols do Palmeiras surgiram a partir de passes equivocados na defesa. "Por duas ou três vezes, a gente poderia ter tentado a bola longa, mas em todos os momentos optamos por sair construindo e o campo ainda estava ruim. O jogador precisa reconhecer qual recurso utilizar. Gosto de dar autonomia para o atleta e precisamos diversificar."
Posicionamento
Souza também lamentou o erro de posicionamento da defesa na cabeçada de Richard Ríos no primeiro gol do Palmeiras, após cobrança de escanteio logo aos 6’ de jogo. Ele afirmou que os atletas foram alertados a respeito da jogada. "O Raphael Veiga tem esse recurso de se posicionar para cobrar aberto, mas fez o cruzamento fechado. Não prestamos atenção nisso."
Ao mesmo tempo em que não deixou de descrever os erros da equipe, Souza também fez questão de exaltar seus comandados. "Tivemos mais posse de bola, chances de gol e o adversário foi o Palmeiras, uma equipe que nos últimos anos conquistou de tudo."
Agora, depois de derrotas em sequência para Mirassol e Palmeiras, o Guarani busca a reação na quinta-feira contra o Água Santa, novamente no Brinco de Ouro. A partida, aliás, antecede o Dérbi, que acontece domingo, no Moisés Lucarelli. Para o duelo com a equipe de Diadema, Geovane, um dos artilheiros do Guarani com 2 gols, será reavaliado. Contra o Palmeiras, o meia se machucou na altura do tornozelo, tentou continuar em campo, mas precisou ser substituído.
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