A rodada desta quinta-feira é muito importante para as pretenções do Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
O torcedor do Guarani iniciou a Série B com otimismo sobre a campanha da equipe. A partida contra o Corinthians, ainda nas quartas de final do Campeonato Paulista, deixou uma imagem positiva sobre o quanto a equipe poderia desempenhar contra grandes forças.
Mas assim que a bola rolou muita coisa mudou: saída de Daniel Paulista, chegada de Marcelo Chamusca, pressão sobre a diretoria, rodízio entre os jogadores e a lanterna do Campeonato Brasileiro. Foram dez jogos com apenas uma vitória, diante do Criciúma, ainda em abril. A equipe empatou seis vezes e perdeu outros três jogos. 30% de aproveitamento na metade do primeiro turno foram suficientes para ligar o sinal de alerta.
Nesta segunda-feira, diante do Operário no Brinco de Ouro, o Guarani tem nova oportunidade de quebrar um jejum que dura seis partidas. Após cinco empates e uma derrota – justamente na estreia de Marcelo Chamusca contra o Sampaio Corrêa -, o Bugre tenta somar três pontos para deixar não apenas a lanterna, mas também a zona de rebaixamento.
“O jogo contra o Operário é o mais importante para nós neste momento. Trabalhamos muito forte para dar confiança ao grupo de jogadores. Nós acreditamos que esse elenco é o que vai conseguir tirar o Guarani dessa situação delicada na Série B”, explicou Chamusca em entrevista coletiva.
Mudanças
Nos treinamentos deste final de semana, Chamusca vem observando qual melhor opção para a vaga de Madison. Titular nos dois últimos jogos, o volante recebeu o terceiro amarelo na partida contra o Vila Nova e vai cumprir suspensão automática no duelo de amanhã contra o Fantasma.
Dono da vaga, Leandro Vilela segue entregue ao departamento médico e está novamente fora da partida. Eduardo Person iniciou transição física na última semana após dias no departamento médico. Se reunir condições, será uma das opções de Chamusca. A tendência, entretanto, é que o substituto de Madison seja Silas ou Índio por conta das características de cada um. A ideia é ter um jogador mais defensivo para dar suporte a última linha.
"O sistema funcionou durante boa parte do jogo contra o Vila Nova. Claro que existe muito a ser melhorado. Controlamos o jogo, tivemos mais que o dobro das finalizações e o nosso goleiro trabalhou muito pouco. Precisamos ajustar os detalhes coletivos", disse Chamusca.
Com as pistas do treinador alviverde, a tendência é que o Guarani mantenha a formação com três atacantes. Sem Júlio César, a presença de Yago deve ser mantida ao lado de Lucão do Break e Bruno José. Foi o atacante que participou da jogada do gol do Guarani após receber passe de Rodrigo Andrade, chutar cruzado e a bola ficar com Lucão.
Chamusca tem cobrado intensidade dos jogadores de frente. Com o volume de chances criadas na última partida, o Alviverde segue como time mais ativo no ataque entre todos da Série B, mas ainda não elevou a média de gols. O Bugre ainda não marcou mais de um gol na mesma partida nesta edição da Série B. Passou em branco em quatro jogos e marcou apenas um gol em outros seis.