Volante marcou seu segundo gol e crê em crescimento profissional
Rodrigo Andrade em chute que culminou no primeiro gol do Bugre contra o Novorizontino, no domingo (Guilherme Veiga / Especial para Guarani FC)
Autor do gol que abriu o caminho para o Guarani reencontrar as vitórias, Rodrigo Andrade está na equipe desde a temporada passada.
O volante, que está emprestado pelo Vitória, tem sido uma peça importante para a comissão técnica de Marcelo Chamusca. Durante o mês de maio, o atleta ficou entregue ao departamento médico. Após a partida diante do Náutico, válida pela quinta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, ele foi diagnosticado com lesão do ligamento colateral medial do joelho esquerdo.
Sem a necessidade de intervenção cirúrgica, acabou sendo desfalque por três jogos (Ponte Preta, no clássico campineiro, Tombense e Vasco da Gama), mas sempre que está em campo é um dos líderes do atual elenco.
O responsável pela camisa 32 do Alviverde tem em seu histórico como jogador profissional um perfil nervoso dentro das quatro linhas, no qual trouxe consequências em algumas circunstâncias - como, por exemplo, um desentendimento com o ex-companheiro de time Matheus Bidu atualmente no Cruzeiro. Apesar disso, Andrade diz que nos dias de hoje é mais maduro.
“A gente conseguiu se impor contra o Novorizontino, se manter bem no jogo e fui coroado com o gol que é extremamente importante para mim. Acabei de voltar de lesão, fiquei um tempo sem atuar e isso mexe bastante com o jogador. Mas voltei bem, no tempo determinado pelo departamento médico e isso com certeza só me ajudou a ir bem no duelo e espero que seja assim daqui para frente”, analisou Rodrigo Andrade, em coletiva de imprensa.
“Quando eu cheguei no Guarani relatei que esse clube iria mudar a minha vida e é exatamente isso que aconteceu. Me considero um ser humano com mais maturidade e experiência com relação há alguns anos. As coisas que aconteceram serviram de lição, está no passado”, acrescentou.
Um dos motivos para essa evolução pessoal que acontece com o volante é justamente o nascimento de sua filha, Kiara Eloá. A bebê nasceu no início do mês de junho e já ganhou um presente do pai.
“O gol foi para ela, minha primeira homenagem. Quanto ao nascimento, eu já tenho um filho, então é uma responsabilidade a mais. A Kiara tá morando comigo, querendo ou não preciso ajudar a mãe dela. Às vezes, se eu pensar em fazer alguma coisa de errado, que possa me prejudicar, não pode mais acontecer. Eu não permito ter esse tipo de pensamento porque tem ela. Estou feliz, graças a Deus tem sido bem legal essa nova fase, até fralda já troquei”, disse.
Com a bola rolando, Rodrigo Andrade chegou a 57 jogos com a camisa do Guarani e balançou as redes em duas oportunidades - a primeira acabou sendo no dia 04 de março de 2021, quando marcou o único gol na vitória contra o Botafogo-SP. O jogo era válido pela segunda rodada do Campeonato Paulista.
Conhecido por comandar o meio-campo do Bugre, principalmente pelas características defensivas, fazendo a proteção da área, Rodrigo tinha na troca de temporada um futuro incerto.
Por pertencer ao Vitória, o destino mais provável era o retorno para a Bahia - haja vista o término do vínculo com o Alviverde -, porém o time baiano, rebaixado para a terceira divisão nacional, não reuniu condições financeiras de pagar o salário (na casa de 70 mil reais mensais) e ter o atleta em seu elenco.
Especulado no mercado internacional, o jogador também foi procurado pela diretoria executiva da Ponte Preta, entretanto as conversas não avançaram e o desfecho, evidentemente, caminhou para a permanência no Bugrão.
“É o meu melhor momento. Passei por indefinições sobre a continuidade, deu tudo certo e fiquei. Tenho dois gols desde que cheguei. A minha função é chegar como elemento surpresa e poder finalizar”, encerrou.