no Morumbi

Rivais dão a largada na decisão do Paulista

São Paulo e Corinthians se enfrentam na primeira partida da final

Estadão Conteúdo
13/04/2019 às 16:17.
Atualizado em 04/04/2022 às 09:54

Temor por apedrejamento de ônibus, ameaça de não entrar em campo e até risco de W.O.. Depois de uma semana em que as notícias extracampo repercutiram mais do que os acontecimentos nos treinos, chegou o momento de São Paulo e Corinthians trazerem de volta as atenções para o que vai ocorrer no gramado do Morumbi, neste domingo, às 16h, no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista. O clássico colocará frente a frente equipes que também foram chamando a atenção de seus torcedores aos poucos e que precisaram se reinventar para conseguir um lugar na decisão. O Corinthians evoluiu antes, mas viu o rival crescer no mata-mata, graças ao talento dos garotos. Isso tudo faz parte dos ingredientes de uma final entre os eternos rivais. Depois de uma campanha ruim no Campeonato Brasileiro do ano passado, o presidente Andrés Sanchez bancou o retorno de Fábio Carille para o Corinthians e trouxe mais 11 reforços. O novo treinador foi fazendo testes ao longo do torneio e garantiu a classificação da primeira fase na liderança de sua chave com tranquilidade. Na sequência, o time alvinegro oscilou com fracas atuações nas quartas de final e na semifinal. Contra Ferroviária e Santos precisou dos pênaltis para seguir adiante no Paulistão. Quem costuma transmitir frieza e tranquilidade ao elenco é Carille. Apesar de ser técnico de time profissional há apenas três anos, ele vem se consolidando como especialista em jogos importantes. Em 20 disputas de mata-mata, por exemplo, são 18 classificações. Nos clássicos o comandante também coleciona números positivos. São 15 vitórias, cinco empates e apenas quatro derrotas. Do outro lado, o São Paulo começou o ano cheio de expectativa, com um elenco experiente de olho na Libertadores. Mas veio a eliminação vexatória para o Talleres. A diretoria tirou André Jardine do cargo, negociou Diego Souza e apostou na contratação do técnico Cuca. Para além disso, confiou em alguns garotos formados nas categorias de base. A fórmula acabou dando certo e levou o time para a final do Paulistão. "Para esse primeiro jogo, temos de dividir as finais em duas partes, e acho que não tem favorito", disse o técnico Cuca. Ele voltou ao São Paulo após anos longe do Morumbi e chegou em um momento decisivo. Experiente, o técnico que teve problemas cardíacos recentemente deixou o ambiente mais leve e passou confiança aos atletas. Isso contribuiu no bom ambiente. "O tempo vai passando e você vai ficando mais experiente. Lógico que sou bastante participativo e vibrante, mas estou no começo de trabalho e tenho de passar para esse time o direito de errar, para não causar neles uma trava. É questão de transmitir confiança", revelou. Cuca sabe que seus comandados têm fome de vitória e querem fazer o São Paulo voltar a ser campeão, coisa que não acontece desde o título da Copa Sul-Americana, em 2012. 

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