Assembleia que definirá o futuro do futebol do Guarani tem chance de não acontecer mais na segunda
O presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho deverá ter parceiros na condução do futebol do clube: dois grupos disputam uma cogestão (Cedoc/RAC)
A decisão sobre o futuro do processo de cogestão de futebol do Guarani, que tem data marcada para a assembleia de sócios de segunda-feira, dia 13, pode ser adiada. Há uma ala dentro do clube que defende que não haja a deliberação sobre o assunto por conta de polêmicas ocorridas nos últimos dias e também devido ao curto prazo para análise das duas propostas. Hoje à noite acontece uma reunião do Conselho Deliberativo que definirá se a assembleia será remarcada ou então se nela haverá apenas a apresentação das ofertas, mas sem votação. Em estudo pelo clube desde o ano passado, a terceirização do futebol, que depois se transformou em gestão compartilhada, ganhou capítulos importantes durante 2018 com a presença de dois grupos ligados ao Guarani. De um lado a Magnum, que já é parceira do clube no que tange a questão imobiliária, e a ASA Alumínios. Do outro o pool formado por Elenko Sports, Traffic e o empresário Nenê Zini, que representa vários atletas do atual plantel. Depois de mais de seis meses de estudos e conversas, idas e vindas, e com a presença de um junta jurídica formada pelo clube para mediar o processo, os dois grupos foram os únicos a apresentarem proposta pelo futebol do Guarani, cada um com suas condições. No caso da Magnum e ASA, o projeto não envolve só o futebol, mas todo o clube e a ideia de divisão é 90% a favor das empresas e 10% para o Bugre, além de um aporte de R$ 20 milhões para o pagamento de dívidas cíveis. Já Elenko, Traffic e Nenê Zini idealizam apenas a gestão do futebol e com uma divisão de receitas de 70% para o parceiro e 30% para o clube. Seriam essas as duas propostas analisadas primeiro pelos membros do Conselho Deliberativo hoje e, na segunda-feira, pelos associados. A polêmica aumentou, porém, quando o ex-presidente Horley Senna fez um pedido de investigação por conta do suposto pagamento de mensalidades atrasadas de sócios feito pelo diretor-comercial Anaílson Neves e Lucas Andrino, empresário ligado à Magnum. O Conselho recebeu a denúncia e solicitou junto ao Conselho de Administração a apuração dos fatos. Há ainda no clube quem entenda que o prazo para definição de um assunto tão importante é muito curto — cada grupo teria apenas 30 minutos para apresentação das propostas na segunda-feira. Assim, caso a assembleia não seja cancelada e remarcada possivelmente para o final do ano, após a Série B do Brasileiro, a ideia é que na segunda-feira os associados apenas conheçam as ofertas e um novo encontro seja programado para que haja a escolha.