Chay teve participações discretas durante o Paulista (Raphael Silvestre/Guarani FC)
O Guarani oficializou no dia 14 de janeiro a sua principal contratação para a temporada.
Destaque do Botafogo no título da Série B do Campeonato Brasileiro de 2021, o meia-atacante Chay chegou ao Brinco de Ouro cercado por expectativas. Mas, seu contexto, também gerava dúvidas.
Afinal, nos últimos dois anos não conseguiu repetir a performance que o tornou ídolo no clube carioca e trazia para Campinas um histórico de lesões.
No Campeonato Paulista participou de algumas partidas, mas discretamente. Hoje, sem entrar em campo há um mês, ele é alvo de um trabalho específico no Brinco de Ouro.
Chay está sendo preparado para estar em forma e poder ser o diferencial do Guarani na Série B do Campeonato Brasileiro.
A última partida de Chay foi no dia 15 de fevereiro, quando entrou em campo aos 11 minutos do segundo tempo na vaga de Régis no empate por 2 a 2 contra o Santo André, no Brinco de Ouro.
Antes disso, também participou das partidas contra Novorizontino, Santos e Mirassol saindo do banco de reservas. Como titular, foram duas atuações sem permanecer em campo até o fim dos jogos.
Na segunda rodada do Paulista esteve entre os onze diante do São Bernardo, quando estreou pelo clube e foi substituído por Gustavo França aos 12 da etapa final. E na partida seguinte, em Itu, acabou deixando o gramado ainda no primeiro tempo com lesão no joelho.
Em sua apresentação no Brinco, Chay admitiu que as lesões o atrapalharam na sequência da carreira depois da Série B de 2021.
“Tive uma inflamação no tendão patelar e fiquei mais tempo parado do que eu pensava”, revelou. “No Cruzeiro, em 2022, fiz só seis jogos e depois lesionei. No ano passado, no Ceará, joguei mais, mas não dentro do que eu esperava. Tentava, forçava e não dava”, lembrou o atleta de 33 anos.
No trabalho específico que faz no Brinco, o meia não é alvo da atenção apenas dos departamentos médico e físico.
Também faz parte da programação a direção psicológica.
Quando chegou ao Brinco, o atleta destacou que o atleta precisa estar com a “cabeça no lugar” para poder se recuperar de uma grave lesão. “O trabalho da parte mental é essencial no processo”, afirmou.
Agora, depois do “ensaio” no Paulistão, Chay espera voltar à velha forma na Série B e ajudar o Guarani no grande objetivo do clube na temporada que é o retorno à elite do Brasileiro. Emprestado pelo Botafogo, ele tem contrato até o final do ano.
LESÕES
Nas avaliações dentro do clube, as lesões foram determinantes no desempenho abaixo do esperado da equipe durante o Paulista.
A primeira veio logo na prétemporada, quando o goleiro Pegorari sofreu fratura na fíbula e precisou passar por cirurgia.
Em seguida, logo na rodada inaugural, contra o Corinthians, o capitão Diogo Mateus precisou deixar o campo em razão de uma contusão muscular.
Seu retorno como titular só aconteceu contra o São Paulo, a três rodadas do fim da primeira fase.
O time também perdeu o atacante Bruno Mendes, outro que precisou operar por ter rompido o tendão de Aquiles. O ataque ainda sofreu o desfalque de Derek, que ficou afastado nos últimos cinco jogos do Paulistão. Para a partida decisiva, contra o Red Bull Bragantino, as baixas por lesões foram o zagueiro Márcio Silva e o volante Anderson Leite.
O primeiro também passará por cirurgia por ter rompido o ligamento do joelho esquerdo. Márcio Silva está fora da temporada. Ele tem os direitos ligados ao Coritiba e seu contrato com o Guarani vai até o final do ano.