Com 34 anos, o zagueiro Alysson foi apresentado ontem: liderança destacada (Raphael Silvestre/Guarani FC)
A média de idade dos nove reforços contratados pelo Guarani na última janela de transferências é de 28,5 anos. O número amplia a experiência do elenco, uma das solicitações do técnico Marcelo Fernandes, que estava incomodado com a juventude do grupo, embora fizesse questão de elogiar o desempenho dos jogadores. Antes da chegada dos reforços, a equipe tinha média de 24,5 anos, de acordo com o levantamento das idades dos atletas relacionados pelo treinador em suas cinco partidas sob o comando do Guarani.
“Vamos dar experiência a essa molecada. O time é bom, mas precisa de mais rodagem”, chegou a comentar Fernandes. A média de 28 anos está de acordo com a projeção do treinador. Em uma de suas entrevistas, ele citou o número como ideal ao se referir à média das equipes que conseguem o acesso na Série C.
Das nove contratações, quatro têm mais de 30. Com 36, o lateral-direito Cicinho passa a ser o mais velho do elenco. Já o zagueiro Allyson e o meia Diego Torres têm 34, quatro a mais do que o zagueiro Diogo Silva, com 30. Reforços para o ataque, Bruno Santos e Mirandinha têm 28 e 25, respectivamente.
Por outro lado, a diretoria de futebol também não abriu mão de apostas na janela. O atacante Kauã Jesus, com 21, e o volante Kelvi, com 22, ainda têm pouca experiência como profissionais. O lateral-esquerdo Vitinho também é jovem, com 23, mas sua rodagem é maior em relação à de seus dois novos parceiros.
Apresentado ontem, Allyson acredita que o Guarani está no caminho certo em mesclar experiência com juventude. “O plantel é bom, independentemente da idade. Os atletas mais jovens estão valorizados no futebol, mas eles precisam da experiência e liderança para crescerem cada vez mais. Eu chego para agregar e ajudar eles a desempenharem o melhor”, comentou.
Para Allyson, a liderança não é exercida apenas dentro de campo, mas também no dia a dia de trabalho no clube. Ele conta que desempenhou esse papel durante a campanha do Sport na Série B do ano passado, que culminou com o acesso, embora tenha sido pouco aproveitado nos jogos.
Agora no Guarani, ele acredita que não havia melhor momento para chegar ao Brinco de Ouro com a equipe sem perder e nem tomar gols há três jogos. “Sempre é bom competir com quem tem qualidade. Isso exige que trabalhemos mais”, justificou o jogador, que ainda lembrou em sua apresentação da passagem pelo futebol de Israel, definida por ele como extremamente positiva tanto dentro quanto fora de campo. “Amadureci como homem e jogador”, salientou. “Foi um período em que agreguei caráter, pois Israel é um país que preza pela preservação da família.”
Com bem menos experiência, mas muita vontade de mostrar o seu valor, o atacante Kauã Jesus também foi apresentado ontem. O jogador lembrou de um fato curioso: “Minha primeira partida profissional foi contra o Guarani, quando jogava pelo Oeste. E agora estou aqui para defender esse clube.”
Kauã fez 18 partidas pelo São Bernardo no ano passado, a maioria pela Série C, competição que ele conhece bem. “Foram três anos disputando a divisão”, justifica. Em relação a seu aproveitamento dentro de campo, diz que joga tanto pelas extremas quanto centralizado e gosta de finalizar. Também presente na apresentação, o executivo de futebol Farnei Coelho destacou que o reforço tem um chute diferenciado de fora da área. “Ele está impressionando nos treinos”, garante.
Tanto Kauã quanto Allyson asseguram que estão em forma e à disposição para estrearem domingo, quando o Guarani recebe o Itabaiana, às 19h, no Brinco.
Siga o perfil do Correio Popular no Instagram
