Reforços acirram ‘briga’ por posição

As contratações de Lucas Ramon, Bruno José e Leandro Vilela prometem acirrar o nível de competitividade no elenco do Guarani. No dia em que se encerra a janela de transferências do primeiro semestre, o Bugre ganha três novas alternativas para a Série B.

O movimento realizado pela direção faz parte de um pedido de Daniel Paulista para repor espaços deixados no plantel após o Paulistão.

Lateral

Ainda sem uma boa sequência de jogos, Diogo Mateus foi uma das ausências sentidas contra o Brusque. O camisa 13 está na reta final da recuperação de uma lesão de grau dois na coxa e será liberado para ser relacionado nas próximas partidas.

Daniel Paulista apostou em Ludke para a vaga deixada por Diogo Mateus, mas a diretoria entendeu que seria interessante contar com mais uma opção.

Lucas Ramon foi o escolhido do departamento de futebol. Aos 28 anos, o lateral volta a trabalhar com Michel Alves após parceria de sucesso na campanha de acesso do Cuiabá na Série B de 2020.

Opção para a lateral direita, assim como Diogo Mateus e Ludke, Ramon estava no Novorizontino e participou de apenas cinco jogos na jornada que terminou com o rebaixamento do Tigre no Campeonato Paulista.

"O Lucas Ramon acabou perdendo espaço por conta do baixo rendimento nos primeiros jogos. Mas não foi uma exclusividade dele. O elenco não foi regular”, explica o repórter Kleberson Benevenuto, setorista do Novorizontino.

Cão de guarda

A saída do volante Bruno Silva pegou muitos torcedores do Guarani desprevenidos. Com 106 jogos em três anos no Brinco de Ouro, o antigo capitão alviverde não teve o contrato renovado.

Esse espaço no elenco será preenchido por Leandro Vilela. O volante de 26 anos não aceitou a proposta de renovação com o Operário – clube que defendia desde 2020 -, para se juntar ao Guarani.

Revelado pelo Paraná, Vilela passou por JMalucelli e Vitória antes de ser negociado com o futebol português em 2020. Retornou ao Brasil no segundo semestre e se firmou como um dos principais jogadores do Operário na Série B.

"Trata-se de um jogador completo que tem boa marcação, saída de bola e chegada no ataque, onde fez gols importantes com a camisa do Operário. É um volante com muita vontade, mas comete excessos e recebe muitos cartões. Isso deixou o torcedor irritado em muitas oportunidades. Mas, no geral, caiu no gosto do torcedor”, analisa a jornalista paranaense Letícia Cabral.

A peça que faltava

Sem Davó, agora atacante do Bahia, o Guarani se esforçou para assegurar a contratação de Bruno José. Destaque do Brasil de Pelotas em 2020, o atacante de 24 anos foi comprado pelo Cruzeiro na temporada seguinte e participou de 45 jogos, se tornando uma das peças de confiança de Luxemburgo na época.

“O Bruno José chegou a ser um dos principais jogadores do Cruzeiro na temporada passada até o jogo contra o Goiás quando ele teve uma lesão. Depois não conseguiu voltar ao mesmo rendimento, chegou a ser improvisado na lateral neste ano e agora ele vai tentar retomar o nível. É um jogador muito forte no um contra um que vai colaborar com o Guarani”, conta o repórter Samuel Venâncio da Rádio Itatiaia de Belo Horizonte.

Na atual temporada foram nove jogos, um gol e duas assistências. O Bugre precisou vencer a concorrência com o Coritiba para garantir a presença de Bruno José no elenco de Daniel Paulista. O planejamento inicial é que o novo atacante alviverde forme um trio com Lucão do Break e Júlio César.

Saídas?

O encerramento da janela de transferências nesta terça-feira pode significar também despedidas no elenco bugrino. A diretoria colocou o zagueiro Ernando e o atacante Maxwell entre os disponíveis para o mercado.