Tanto os 12 dias sem jogos do Guarani, quanto a sequência de duelos da Ponte prejudicam, diz preparador
O preparador físico do Guarani, Marcelo Rohling: nos cinco dias de preparação nesta semana, em pelo menos dois os treinos serão de manhã e à tarde (Guarani Press)
O que é melhor? Ter 12 dias de preparação entre uma partida e outra, com tempo suficiente para descanso, recuperação e treinamento, mas sem ritmo de jogo, ou manter o ritmo de competição, com atletas no embalo, mas enfrentando uma sequências de confrontos importantes? Essas duas realidades opõem Guarani e Ponte Preta antes do dérbi, marcado para o dia 5 de maio, pela quarta rodada da Série B do Brasileiro. Do lado bugrino, o diagnóstico é que nenhum dos dois lados leva vantagem nessa história. A opinião é do preparador físico Marcelo Rohling. No clube desde o ano passado, ele acredita que o Guarani não precisava ficar tanto tempo assim sem voltar a campo, mas, por outro lado, crê que a rival vai sentir a série de jogos. "Eu considero ideal o meio-termo. Nem os 12 dias que vamos ter, nem os três dias que a Ponte Preta vai ter. O ideal seria ter seis, sete dias entre as partidas", explica. "A gente baixa um pouco o ritmo de jogo com esse tempo parado e considero três dias de recuperação também muito pouco para eles. Na minha opinião, um jogo na semana estaria de bom tamanho." Evitar a ausência de ritmo de jogo é complicado. Uma opção poderia ser a disputa de algum jogo-treino no início da semana, mas na visão da comissão técnica isso não faria muita diferença e haveria o risco de atrapalhar ainda mais a preparação. "Fica até melhor os treinos entre eles. Considero mais proveitoso. Esse espaço a gente aproveita para recuperar atletas, trabalhar especificamente o que cada um precisa. De repente, faz um jogo-treino contra um adversário que você não conhece o nível e fica muito intenso, tem muito choque", avalia. "Por outro lado, pode ser um adversário em desigualdade de condição e aí não tem a intensidade ideal. Para não correr riscos, melhor manter o treino entre nós mesmo", confirma o preparador. A programação da semana já está definida. Durante os cinco dias, em pelo menos dois, os treinamentos serão realizados em dois períodos, com um deles voltado para as movimentações de campo e o outro uma atividade interna, com foco nos trabalhos de força, mobilidade e prevenção. É também, segundo Marcelo Rohling, uma forma de recuperar o tempo perdido com a sequência que o Guarani teve recentemente. “O ideal é que essa pausa fosse entre uma competição e outra, mas não foi possível. Tivemos três jogos muito desgastante no final da Série A2, já emendamos em outra competição e ficou uma sobrecarga mental”, detalha o preparador. “Agora é uma parada importante para virar a chave, dar uma assentada na poeira e se preparar para um jogo que é muito importante”, finaliza.