Felipe Moreira exige do elenco a reabilitação imediata da Macaca (Diego Almeida/PontePress)
O Dérbi-205 vai parar a cidade de Campinas. Quando a bola rolar no Estádio Moisés Lucarelli, a partir das 18h00 do próximo domingo, os torcedores da Ponte Preta e do Guarani estarão ligados para mais um capítulo dessa história cuja rivalidade cresce cada vez mais.
Por determinação do Ministério Público, desde 2019 os clássicos campineiros são realizados com a presença apenas do clube mandante - no caso, somente pontepretanos estarão no Majestoso. Tal medida deixa a galera dividida. Tem que ache bom, mas também há pessoas que preferem o jogo raíz, com os dois lados presentes para admirar o espetáculo durante os 90 minutos.
Abrindo a zona de rebaixamento com cinco pontos e 27% de aproveitamento, a Macaca trata a partida como uma verdadeira final de campeonato. Até porque, em caso de vitória, a equipe se reabilita e o ambiente, principalmente para a comissão técnica, fica mais leve. Porém, um novo resultado negativo, pode agravar a crise pelos lados da Alvinegra.
Boa parte da torcida não é adepta ao trabalho que vem sendo desempenhado pelo técnico interino Felipe Moreira. Após o pedido de rescisão contratual de Hélio dos Anjos e com dificuldades financeiras para ir ao mercado na mira por um novo comandante, a diretoria executiva, sob liderança do presidente Marco Antônio Eberlin, depositou as ficha no treinador do Sub-23, filho do ídolo Marco Aurélio Moreira.
Em números, Felipe deixa a desejar. Depois de assumir o time pela primeira vez no confronto diante o Criciúma, ainda pela segunda rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, a Ponte soma um único triunfo (contra o Botafogo), além de dois empates (Chapecoense, na condição de visitante, e Ceará, como mandante) e duas derrotas - ante o Tigre e Londrina.
Pela última rodada, no final de semana, a Macaca foi até o interior do estado do Paraná e, com a expulsão do volante Felipinho no início do segundo tempo, não segurou o Tubarão. O revés sofrido e o retorno para o Z-4 fizeram com que a conversa no vestiário com o grupo de jogadores fosse mais dura.
'Houve, sim, uma cobrança forte no vestiário em Londrina. Não podemos deixar de transpirar e nem lutar. Foi nesse sentido. A gente tem que lutar, dentro da nossa estratégia e do nosso comportamento', explicou o técnico Felipe Moreira.
'É o jogo mais importante para nós no ano. Estamos tendo uma semana cheia de trabalhos para pensar exclusivamente no dérbi. É uma semana decisiva. A expectativa é de fazer um grande jogo com apoio da nossa torcida. Tem que ter a entrega que a torcida exige. É um clássico para ter transpiração', acrescentou.
Preservado no jogo anterior, o atacante Jeh está à disposição e deve ser titular no comando de ataque. O volante Felipe Amaral cumpriu suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo e também volta aos 11 iniciais.
Os atacantes Pablo Dyego e Eliel estão passando por avaliações do departamento médico no decorrer da semana, mas não devem ser problemas - a tendência é que ambos estejam integrados à lista de relacionados.
'Temos aí o Jeh, o Pablo e o Eliel para retornar. Vamos analisar corretamente as condições deles com o DM. O Élvis também vai para o segundo jogo, o Fábio Sanches conseguiu suportar a partida inteira. A gente tem trabalhado intensamente para dar alegria à torcida', disse o treinador interino.
A Ponte ainda tem o treino desta sexta-feira e de amanhã para encerrar a preparação. No domingo, o estádio estará completamente lotado. Afinal de contas, em apenas um dia de venda dos ingressos, a carga disponível no site futebol card acabou. Nesta sexta, as bilheterias funcionam apenas até ao meio-dia.
