Jogadores da Ponte Preta treinam em busca de recuperação na Série B (Marcos Ribollli-Pontepress)
Para exigir uma reação imediata na Série B do Campeonato Brasileiro, o presidente da Ponte Preta, Marco Antonio Eberlin, reuniu os jogadores antes da atividade marcada para a manhã de ontem, no Centro de Treinamento Jardim Eulina. O dirigente tomou a atitude após a equipe perder do Ituano por 4 a 1, na última sexta-feira, e ficar distante apenas um ponto do primeiro time da zona do rebaixamento, a Chapecoense.
Na conversa com os atletas, o dirigente deixou claro que não existem motivos plausíveis para a queda de produção. O clube, segundo ele, disponibiliza boa estrutura para o desenvolvimento do trabalho e os salários estão sendo pagos dentro daquilo que foi combinado antes do início da competição. Por “aquilo estipulado”, apesar da data oficial ser o dia 5 de cada mês, o combinado é que a quitação do débito ocorra dentro do mês. O próximo pagamento está programado para sexta-feira.
Eberlin reclamou do rendimento dos atletas em virtude da pontuação ser quase igual a do ano passado, quando o clube convivia com problemas financeiros. Naquela ocasião, sob o comando de Pintado, o time tinha 31 pontos e estava na 14ª colocação. Ao final, a Macaca ficou na 15ª colocação, com 42 pontos ganhos, e terminou sob a direção de João Brigatti.
As projeções matemáticas pressionam por uma reação na Série B. Segundo o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, o risco de queda para a Série C está em 44,3% para a Macaca. Os mais ameaçados são Guarani (86.4%), CRB(70.8%), Brusque (63,7%) e Chapecoense (48.6%).
Outro dado que traz preocupação é o rendimento na equipe no segundo turno, com quatro derrotas e três empates, o que nesta fase deixa a equipe na penúltima colocação. Quando o recorte é feito pelas últimas dez rodadas, o desempenho traz apreensão, pois foram nove pontos somados dos 30 disputados, o que dá um aproveitamento de 30%.
Para colocar a equipe nos trilhos, o primeiro objetivo será deixar os atletas em condições de atuar. O técnico Nelsinho Baptista já sabe da impossibilidade de contar com o centroavante Jeh até a segunda quinzena do mês de outubro, quando o desafio inicial será o clássico com o Guarani. Para o jogo contra o CRB, quinta-feira, às 19h30, a previsão é o retorno da dupla de zaga titular, formada por Mateus Silva e Sérgio Raphael.
O retorno é assegurado especialmente porque o treinador pontepretano não demonstra qualquer disposição de utilizar o boliviano Luis Haquin. “Eu nunca disse que não pretendia utilizá-lo, embora desconverse. Quando perguntaram, disse que, na minha opinião, outros jogadores estavam melhores do que ele, em melhores condições. Mas ele está no elenco”, afirmou o técnico da Macaca, após o jogo contra o Ituano.
O zagueiro não foi relacionado para o banco de reservas na gestão de Nelsinho Baptista. Na atualidade, Haquin está atrás de Jaílson, Edson, Nilson Júnior e de Thiago Oliveira, revelado pelo clube e que chegou por empréstimo do CSA. Na lateral-direita, com a boa fase de Igor Inocêncio e João Gabriel, que têm a confiança da comissão técnica e da Diretoria Executiva, Luis Felipe foi outro jogador a perder espaço no elenco.
Quanto a situação do técnico Nelsinho Baptista, não há risco de demissão por parte da Diretoria Executiva, que admira seu trabalho. O treinador tem o respaldo de dirigentes históricos, como o ex-presidente Pedro Antonio Chaib, o Peri.
A retrospectiva também dá tranquilidade ao treinador. Nelsinho tem 135 jogos no comando da Macaca, ao somar suas quatro passagens, e já ultrapassou nomes como José Agnelli, com 134 jogos, e Oswaldo Alvarez, o Vadão, com 129 partidas. Caso supere a fase de turbulência, Nelsinho Baptista poderá superar Moaycir de Moraes e Jair Picerni que dirigiram a Macaca em 140 partidas.
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