ponte preta

Por trás da boa fase do goleiro Ivan

Betão fala sobre a boa fase do número 1 da Macaca, treinado por ele desde quando tinha 14 anos

Alison Ramalho Negrinho
22/03/2018 às 20:48.
Atualizado em 23/04/2022 às 07:10
O preparador Betão exige muito dos goleiros da Ponte Preta: "Os treinos são desgastantes. Às vezes eles estão cansados, mas precisam continuar. É assim que se evolui"  (Leandro Torres)

O preparador Betão exige muito dos goleiros da Ponte Preta: "Os treinos são desgastantes. Às vezes eles estão cansados, mas precisam continuar. É assim que se evolui" (Leandro Torres)

As grandes atuações de Ivan fazem com que o pontepretano não sinta saudades de Aranha. Lançado como titular no início da temporada aos 20 anos para substituir o ídolo alvinegro, o garoto tem dado conta do recado, operando verdadeiros milagres e fazendo com que defesas complicadas pareçam fáceis aos olhos de quem está nas arquibancadas. Um dos responsáveis pelo momento do jogador, entretanto, não é famoso,não distribui autógrafos e em costuma dar entrevistas. Trata-se de Roberto Vlademir Guastali, ou simplesmente Betão, que desde 2013 exerce o trabalho de preparador de goleiros da Macaca. De jeito simples e com muita história para contar, o profissional era goleiro enquanto jovem, mas parou de jogar aos 23 anos, depois de uma cirurgia na cabeça. A forma encontrada de se manter perto do futebol foi como preparador de goleiros. "Trabalhei em vários clubes, como Monte Azul, Paysandu, Tubarão e Brusque. Rodei bastante e sou realizado. A coisa mais importante na vida é amar o que você faz e eu amo. Tenho prazer em dar treino e planejar a atividade", disse. Quando a rescisão de Aranha foi anunciada, abriu-se a possibilidade de o clube investir em um nome mais experiente para o gol. Na época, a entrada de Ivan foi bancada por Betão, juntamente com o então treinador Eduardo Baptista. "Eu estava respaldado por trabalhar com ele há muito tempo, acreditamos no potencial e a resposta em campo está sendo muito positiva", contou o preparador, relembrando que treina o camisa 1 pontepretano desde que ele tinha 14 anos. Em campo, a Ponte não sofre gols há cinco partidas, sendo que em quatro delas Ivan jogou. Na outra, Vinicius Silvestre foi o responsável pela meta e também não decepcionou. “O clube está bem servido. Estamos no caminho de voltar a ser lembrados por essa tradição de revelar bons nomes na posição, historicamente sempre foi assim". Contudo, para entrar em campo e jogar bem, os goleiros precisam ralar muito. “Os treinos são desgastantes. Às vezes eles estão cansados, mas precisam continuar. É assim que se evolui. Eu procuro sempre passar atividades atualizadas, tudo pelo bom rendimento deles. Você precisa conhecer a individualidade de cada atleta, saber como vão responder, extrair o máximo deles", explicou Betão, que foi bastante elogiado por Ivan. “Ele cobra bastante, passa vídeos dos adversários, é um cara muito importante na minha carreira", afirmou Ivan. Já o técnico interino e ex-goleiro João Brigatti acredita que o sucesso não veio por acaso. “Ele se preparou demais para o cargo, trabalha muito os goleiros”. Doriva Apesar dos recentes resultados positivos, a Ponte Preta deve ter mesmo novo treinador. Procurado pela diretoria, o técnico é esperado nos próximos dias para acertar os detalhes de seu contrato.

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