Há quatro partidas sem vencer no Paulistão, Macaca busca encerrar o jejum hoje no Morumbi
Sem vencer há quatro jogos no Campeonato Paulista, com três derrotas e um empate, a Ponte Preta tenta surpreender o São Paulo hoje, às 16h, no Morumbi, pela 8ª rodada. A partida enfim vai marcar a reestreia do técnico João Brigatti — nas duas últimas partidas, contra Ferroviária e Vila Nova-GO, a Macaca foi comandada de forma interina pelo coordenador técnico Fabinho Moreno. Em terceiro lugar no Grupo A, com 7 pontos, a Ponte precisa vencer se quiser voltar à zona de classificação às quartas de final. O Água Santa, que empatou por 0 a 0 com o Guarani na última sexta-feira, é o vice-líder da chave, com 9 pontos. A última vitória da Ponte no Paulistão foi justamente sobre um time da capital: 2 a 1 no Corinthians, exatamente um mês atrás, no dia 30 de janeiro, no Majestoso. Outro alento para o torcedor pontepretano é que o time não perde para o São Paulo desde fevereiro de 2017, quando foi goleado por 5 a 2, no Morumbi. Depois daquele revés, foram três jogos, com duas vitórias da Ponte por 1 a 0 e um empate. A Macaca, aliás, possui ligeira vantagem no retrospecto dos últimos 10 jogos contra o Tricolor: são 5 vitórias (todas por 1 a 0) contra 4 derrotas, além de um empate. Suspenso por conta do terceiro cartão amarelo, Apodi é desfalque certo e também preocupa para a sequência. É que ainda no primeiro tempo da partida contra o Vila Nova, ele deixou o campo com dores no joelho esquerdo após uma dividida. O atleta ainda será reavaliado pelo departamento médico para saber a gravidade da contusão. Brigatti também pode promover outras alterações na equipe por questão de desgaste físico. "Nós vamos encontrar uma equipe fresquinha, que treinou a semana inteira, muito qualificada e que vai nos trazer situações adversas e ruins dentro da partida. A gente tem que estar preparado, principalmente na parte física. Não estranhem vocês se fizermos algumas situações de troca, principalmente pela saúde do time", afirmou Brigatti. "Depois desta partida, aí teremos um pouco mais de tempo para treinar e podemos começar a trabalhar mais para continuar evoluindo”, completou o treinador. Um dos jogadores que atuou contra o Vila Nova, agradou e deve permanecer na equipe titular é Dawhan, deslocado do meio-campo para a lateral-direita no jogo da última quinta-feira pela Copa do Brasil. "Eu vi vários jogos do Dawhan na Série A do ano passado pelo CSA e ele se comportou muito bem. Hoje, eu não vejo o Apodi como lateral porque, pelo que tenho visto, os adversários jogam sempre em cima do nosso lado direito, então ele cansa muito e acabam se aproveitando desta situação", justificou Brigatti. Danrley vira importante arma no meio-campo Após problemas disciplinares tratados internamente, mas que lhe renderam uma suspensão da diretoria antes da derrota por 1 a 0 para o Ituano, há duas semanas, o jovem volante Danrley, de 18 anos, agradou bastante a comissão técnica da Ponte Preta no duelo da Copa do Brasil contra o Vila Nova e deve ser mantido como titular na partida de hoje diante do São Paulo, no Morumbi. "Ele entrou totalmente diferente de outras partidas que eu tinha visto através de vídeos: bem tranquilo, se posicionando, recebendo e distribuindo bolas. É um atleta que vai nos dar muitas alegrias. Pela força, o Danrley é um cavalo, no bom sentido. Tem uma saúde tremenda. Eu jamais imaginava que um negão daqueles sairia com câimbras do jogo", brincou o técnico João Brigatti. Após fazer sua estreia como jogador profissional contra o Corinthians, na 3ª rodada do Paulista, Danrley foi escalado como titular pela primeira vez na última quinta-feira. Ele também havia atuado outras duas vezes na temporada, ambas saindo do banco de reservas, contra Inter de Limeira e Novo Hamburgo, ainda sob o comando de Gilson Kleina. "É mais uma joia que a Ponte Preta tem em mãos. Eu vi esse menino treinar na pré-temporada e chamou a atenção o nível de jogo, de marcação e de pegada dele. É algo assombroso. Ele rouba a bola e facilita nosso jogo e nosso contra-ataque. Nós temos o hábito e o carinho de chamá-lo de negão, é um jeito carinhoso e amoroso. Uma pena que existe tanta besteira hoje com isso", disse o experiente atacante Roger, de 35 anos. (GM/AAN