Comissão técnica tem trabalhado para melhorar o rendimento ofensivo da Macaca nos jogos da Série B (Álvaro Júnior/Pontepress)
Nos últimos ajustes antes de viajar para Belo Horizonte, onde enfrenta o líder Cruzeiro na quinta-feira, a Ponte Preta tenta transformar as lições da derrota para o Londrina, na última rodada, em ajustes para evitar novas frustrações para o torcedor. Por conta do novo tropeço no Moisés Lucarelli – assim como ocorreu diante do Novorizontino -, a Macaca está na 16ª colocação com 12 pontos e só não integra a zona de rebaixamento por conta dos critérios de desempate.
Na próxima rodada, o time de Hélio dos Anjos vai enfrentar um Cruzeiro que tem sido fatal atuando no Mineirão. Mas, antes de pensar no adversário, a Macaca precisa ajustar as vulnerabilidades apontadas na derrota contra o Tubarão. A primeira dificuldade citada pelo treinador foi a bola parada, que vem sendo treinada insistentemente de acordo com Hélio dos Anjos.
"Nós morremos mais uma vez na bola parada. Eu estou louco, para não usar outra palavra agressiva, com tantos gols de bola parada. É algo que a gente vem treinando e batendo na tecla para corrigir. Não podemos mais sofrer com esse tipo de desatenção nos próximos jogos", citou.
Outro ponto apontado por Hélio dos Anjos envolve o equilíbrio emocional. Muitas críticas foram direcionadas ao árbitro Paulo Henrique Schleich Vollkopf por conta da condução da partida entre Ponte Preta e Londrina. Além do próprio treinador da Macaca, o lateral Bernardo e o zagueiro Thiago Oliveira também foram expulsos durante a partida.
"Não adianta jgoar a responsabilidade e falar só do árbitro, mas ele nos desestabilizou totalmente. Desarticularmos no aspecto emocional, apesar de que nós erramos e tivemos sim nossas dificuldades de rendimento. Mas isso acabou nos atrapalhando por conta da concentração. Tanto que no gol da nossa equipe já estávamos totalmente entregues no jogo", completa Anjos.A comissão técnica tem trabalhado para melhorar o rendimento ofensivo da Macaca nos jogos.
Nos últimos três jogos foram quatro gols marcados, elevando a marca da equipe e mostrando um caminho para alavancar as estatísticas ofensivas. Antes, o time de Hélio dos Anjos ocupava o posto de pior ataque da competição. Mas o detalhe é que todos os gols foram marcados pelo mesmo jogador: Lucca.
"Sabemos da qualidade do nosso jogador, mas o Lucca só recebeu uma bola e fez o gol. Ele não recebeu bolas curtas ou de tabela. Isso é sinal que não tivemos ofensividade. Eu gosto de intensidade, volume e o adversário proporcionou isso porque jogou com linha baixa. Mas não conseguimos a dinâmica mesmo jogando em casa", explica o treinador.
"A dinâmica precisa ser agressiva no Moisés Lucarelli. Não adianta jogar como a partida contra o Ituano e em casa não repetir o mesmo desempenho. É a nossa casa, o melhor lugar que tem para a Ponte jogar é o Moisés Lucarelli. Aqui não pode ser um palco de traumas nossos em função das nossas deficiências”, complementa.
Reforços
Enquanto Hélio dos Anjos tenta melhorar o rendimento da equipe dentro de campo, a diretoria da Alvinegra trabalha para reforçar o elenco. Mas, antes da abertura da janela, a Macaca também trabalha para desinchar o grupo de jogadores. O meia-atacante João Pedro, fora de combate desde março, deve ser desligado da equipe para reforçar o Ypiranga na Série C.
Nas últimas semanas, a Ponte Preta liberou o zagueiro Cleylton, o meia Papa Faye e os atacantes Pedro Júnior e Douglas Santos. Agora, a expectativa é pelo anúncio de reforços no próximo mês.
“O torcedor pode ter convicção que a Ponte Preta vai atuar no mercado para reforçar a nossa equipe. Já existem conversas adiantadas.O presidente Eberlin está diariamente em busca desses jogadores que serão úteis para a nossa equipe ao longo da temporada. O torcedor pode ter certeza que o nível técnico vai aumentar”, encerrou Hélio dos Anjos.
