Após trocar o antigo treinador por Chamusca, diretoria admite erro e busca comandante motivador
O presidente José Armando Abdalla Junior deu entrevista ontem: "O momento é de aglutinar as forças. Erramos, mas não com a intenção de errar" (Estadão Conteúdo)
Faltando nove rodadas para o encerramento de uma temporada bastante conturbada, a Ponte Preta pretende anunciar hoje o "bombeiro" que vai apagar o incêndio provocado pela série de oito rodadas sem vitórias na Série B do Campeonato Brasileiro. A intenção era anunciar ontem o nome do novo comandante, mas não houve tempo hábil para definir os detalhes e providenciar a assinatura do contrato. A tendência é que o novo treinador seja um profissional capaz de "reanimar o elenco", a exemplo de João Brigatti, que não permaneceu. Depois o clube se viu obrigado a engolir um comandante com estilo totalmente diferente. "O novo técnico precisa ter um aspecto motivacional. Fazer seu trabalho e trazer de volta a característica da Ponte Preta, que é determinação, perseverança e raça", disse o presidente José Armando Abdalla Junior. Ele admitiu que a diretoria errou ao mexer na comissão técnica. "A intenção sempre foi das melhores. Nunca pecamos por omissão. Claro que estamos muito entristecidos com os resultados, mas estamos trabalhamos para que isso melhore o mais rápido possível", ressalta. Questionado sobre a equivocada vinda de Marcelo Chamusca, o dirigente reconheceu que não deu certo. "Não houve tempo para ele absorver o momento da competição e passar aos atletas. Talvez, precisasse de um tempo maior para impor seu estilo de trabalho, o que justamente não temos", explica. Abdalla também se posicionou a respeito de um suposto racha com o presidente de honra Sergio Carnielli, que confirmou ter injetado cerca de R$ 2,4 milhões no clube entre a virada e início do ano. "Sei exatamente as prerrogativas que cabem a um presidente da Ponte Preta e o Sergio concorda com isso. Conflitos políticos acontecem, mas devem ser deixados de lado. Nós estamos sempre abertos a discussões sadias", destaca. Para o dirigente, as discussões políticas refletem diretamente no rendimento da equipe. "O momento é de aglutinar as forças. Todo pontepretano precisa batalhar pelos objetivos da equipe. Erramos, mas não com a intenção de errar", lamentou. Segurança O Ministério Público de São Paulo vem trabalhando internamente para identificar e começar a punir os baderneiros que se escondem em torcidas organizadas com a intenção de provocar o caos, como aconteceu novamente na última terça-feira. "A grande maioria da torcida se comporta de forma digna, mas sempre há vândalos em qualquer estádio. Felizmente não houve maiores consequências e vamos torcer para que estes fatos não se repitam", finaliza Abdalla. A nova confusão envolveu “torcedores”, policiais e seguranças do clube. Pelo menos quatro pessoas tiveram ferimentos leves.