Ponte quer sustentar reação no jogo decisivo

Na busca pela manutenção na Série B do Campeonato Brasileiro, a Macaca tem um trunfo inesperado, que é o seu bom aproveitamento nos jogos de despedida da divisão. Desde que passou a disputar a competição, depois do rebaixamento na divisão de elite do Campeonato Brasileiro, em 2017, o saldo é de um empate e quatro vitórias.

Logo em 2018, após uma arrancada na reta final da competição, com sete vitórias e um empate, a Macaca chegou ao jogo derradeiro contra o Avaí, com chances reais de acesso e com o técnico Gilson Kleina no comando. Mas o empate sem gols no estádio da Ressacada deixou a Ponte Preta na quinta posição com 60 pontos.

No ano seguinte, o técnico responsável pela arrancada histórica de 2018, não conseguiu repetir a dose. Kleina, pós perder na sequência para Figueirense, CRB e Sport, conseguiu uma despedida honrosa ao ganhar de 4 a 0 para o Brasil de Pelotas no estádio Moisés Lucarelli. A equipe ficou na 11ª colocação com 47 pontos.

A edição de 2020 foi marcada pela pandemia do novo Coronavírus e a Macaca ficou na sétima posição com 57 pontos. Na despedida, sob o comando de Fábio Moreno, a Alvinegra goleou o Figueirense por 7 a 2.

Em 2021, a despedida na Série B foi sinônimo de alívio. Durante toda a competição, a equipe esteve sob o comando de Gilson Kleina e conviveu com a ameaça de rebaixamento. Com boas atuações do atacante Moisés, a equipe arrancou uma vitória por 1 a 0 sobre o Confiança na penúltima rodada e no encerramento da competição venceu o Coritiba por 3 a 2 e na ocasião, o então técnico pontepretano, hoje no Azuriz (PR) foi homenageado pela torcida presente no jogo realizado em Campinas. O time campineiro ficou na 11ª posição com 49 pontos.

No ano passado, os 49 pontos foram repetidos pela Ponte Preta e Hélio dos Anjos conseguiu uma vitória na rodada final pelo placar mínimo sobre o Náutico, hoje integrante da Série C.

Para sustentar a marca positiva, uma das apostas da Ponte Preta é o bom desempenho em vários quesitos do volante Felipinho. Uma marca sua é na questão dos desarmes, em que o atleta tem o melhor índice da Série B, com 3,5 desarmes por partida. O segundo lugar é o meia Dudu, do Vitória (BA), com índice de 3,1. “Fico muito feliz por por esses dados, algo que é natural mas também é trabalhado. Fico feliz que o trabalho tá dando fruto”, disse o volante pontepretano.

Segundo o volante, uma série de fatores colaboram para que ocorra uma virada na chave e o time saísse dos jogos realizados longe de Campinas contra Tombense e Juventude com quatro pontos somados. “É um momento importante e decisivo do campeonato. Tivemos a troca do nosso treinador e para adaptar um trabalho demora um tempinho”, explicou Felipinho, que aposta em uma conjuntura diferente na atualidade. “Agora a equipe já tá mais ciente de todo o trabalho do treinador e as coisas estão acontecendo e melhorando”, disse o jogador.

Felipinho, apesar dos 22 anos e da primeira participação na Série B, não ignora aquilo que estará em jogo. “É o jogo da vida, está todo mundo ciente disso. Precisamos do apoio do nosso torcedor mais do que nunca essa partida que é vai ser essencial na última partida do ano em casa. A torcida será nosso 12º jogador aí vai fazer diferença”, arrematou o volante.

Antes do jogo com o CRB, o técnico João Brigatti terá que resolver problemas sérios na escalação, especialmente na lateral-direita. Weverton, que atuou contra o Juventude, está suspenso por ter recebido o terceiro cartão amarelo.
Luiz Felipe tem dores no tornozelo e está em processo de avaliação pelo Departamento Médico. O lateral e atacante Maílton encontra-se com um problema muscular e não tem presença assegurada.