Ponte quer preservar revelações da base

Enquanto planeja a reação na Série C do Campeonato Brasileiro, amanhã, às 17 horas, contra o ABC (RN), no estádio Moisés Lucarelli, a Ponte Preta continua com suas atenções direcionadas ao desenvolvimento das categorias de base no Campeonato Paulista. As equipes Sub-15, Sub-17 e Sub-20 estão com boa produtividade, e se a fase inicial fosse encerrada, todos estariam classificados à fase seguinte. Apesar do rendimento técnico satisfatório, a aparição de novas caras no time profissional está descartada. O motivo é que a Diretoria de Futebol considera que será preciso um tempo maior de maturação antes do lançamento. 

O coordenador de futebol profissional, João Brigatti, relata que acompanha jogos do Sub-17, sob o comando de Robson Dias Pinto, e do Sub-20, chefiado por Nenê Santana. Mesmo que não tenha encontrado tempo para acompanhar o Sub-15, dirigido pelo ex-zagueiro Luis Carlos, o dirigente reafirma que atividades do profissional sempre são realizadas com os times de base. Para completar, os treinadores da base são obrigados a encaminharem relatórios que mostrem o desenvolvimento técnico dos jogadores. “Isso permite que façamos um acompanhamento em cima dos atletas”, disse Brigatti. 

Para o coordenador técnico pontepretano, não há pressa para lançar novos valores devido ao próprio perfil do time profissional, em que 18 dos 32 jogadores estão na faixa etária acima dos 30 anos. Para ele, não há necessidade de lançar garotos de maneira afobada e sem a maturidade exigida. “Quem está um pouquinho mais preparado, nós sentimos que existem dificuldades, principalmente na parte física para acompanhar um treinamento do profissional. Nós integramos o Miguel e sentimos que falta aquele ritmo mais forte da parte dele, a intensidade presente no jogador profissional”, explicou Brigatti. “Se existissem jogadores em condições, nós utilizaríamos. Ninguém é louco de rasgar dinheiro devido às necessidades da Ponte Preta”, disse Brigatti.

Para Brigatti, o bom rendimento técnico das equipes menores é uma boa notícia para o futuro. O fomento do espírito vencedor é algo que agrada o ex-goleiro da Macaca na década de 1980. “A partir do momento que você tem um adversário, você quer vitória. O que cobramos é que as categorias de base forneçam fundamentos aos jogadores. Não queremos que eles cheguem ao time profissional e depois verificarmos que um zagueiro não sabe cabecear ou um volante tenha dificuldade para dominar uma bola”, avisou. “Mas a base está melhor em relação a anos anteriores em termos de resultados. Isso é importante”, completou. 

A Macaca vive boa fase. No Sub-20, após um início ruim, a equipe treinada por Nenê Santana está na 10ª colocação do Grupo 1 com 10 pontos. O líder é o São Bernardo, com 15 pontos. Na rodada passada, venceu a Internacional de Limeira por 3 a 1. Pelo regulamento, os 48 times são divididos em três grupos de 16 times. Passam para a próxima fase os 10 primeiros colocados de cada grupo e os dois melhores pelo índice técnico. A partir daí, instala-se o matamata até a apuração dos finalistas. 

No Sub-17, o time treinado por Robson Dias Pinto ganhou do Leão de Limeira por 3 a 0 e assumiu a liderança do Grupo 6 com 22 pontos em oito rodadas. No Sub-15, a derrota para a equipe de Limeira por 2 a 0 não atrapalhou o rendimento na classificação, pois a Alvinegra campineira está em segundo lugar no Grupo 6 com 16 pontos.

 O regulamento das categorias Sub-15 e Sub-17 é igual. Na fase inicial, os 84 concorrentes são divididos em 14 grupos com seis times. São classificados os três melhores de cada grupo mais os seis melhores quartos colocados. Na segunda fase, serão formadas 12 chaves com quatro times. Passam à etapa seguinte os dois melhores de cada grupo e os oito melhores terceiros colocados. Na terceira fase, oito grupos de quatro times serão montados para apurar os dois melhores. A partir deste estágio, será instituído o mata-mata até a definição dos finalistas.

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