João Brigatti quer jogadores com vigor físico na Macaca (Marcos Ribolli)
O coordenador de futebol da Ponte Preta, João Brigatti, admitiu na tarde de ontem de que está em busca de atletas experientes para cumprir o calendário proposto para o clube na próxima temporada e que inclui Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Série C do Campeonato Brasileiro. A escolha por jogadores tarimbados é para suportarem a responsabilidade de atuar na Ponte Preta. "Decidimos escolher atletas um pouco mais experientes. Com essa experiência aliada a saúde, esperamos que eles possam se doar nos 90 minutos", disse o dirigente em entrevista a Rádio Brasil Campinas.
O Departamento de Futebol Profissional fechou as contratações do goleiro Diogo Silva, de 38 anos, do lateral-esquerdo Artur, de 30 anos, do lateral-direito Maguinho, de 32 anos, e do volante Rodrigo Souza, de 37 anos. Existe o interesse em repatriar o zagueiro Fábio Sanches, de 33 anos, além de buscar fechar a contratação do atacante Jean Dias, de 34 anos, que atuou na última temporada pelo Paysandu.
Outros alvos são os defensores Wanderson, de 33 anos, e Saimon, de 34 anos, que atuaram pelo CRB. Nem todos os experientes caíram nas graças dos dirigentes pontepretanos. Ricardo Bueno, de 37 anos, teria sido oferecido e não aceito, assim como William Pottker, de 33 anos. A estratégia de contratação, segundo Brigatti, tem a concordância do técnico Alberto Valentim e do gerente de futebol, Ricardo Koyama.
Para Brigatti, atuar na Ponte Preta é um desafio complexo. O motivo é que existe a obrigação de suportar as cobranças da torcida. Ele deixa claro que esses atletas terão a missão de buscar uma campanha de manutenção no Paulistão, um bom desempenho na Copa do Brasil e obter o acesso para Série B. "O objetivo maior é voltar para a Série B após o desastre que tivemos (o rebaixamento)", disse.
Treinador da Alvinegra nas rodadas derradeiras da Série B deste ano, Brigatti faz um apelo para que se esqueça qualquer preconceito em relação aos jogadores que serão arregimentados. "Queremos jogadores que venham aqui e não sintam o peso da camisa da Ponte Preta e tenham tranquilidade para suportar a pressão. Queremos atletas experientes e que tenham vigor físico. Serão jogos em cima de jogos", alertou.
Para o coordenador de futebol, o que não pode acontecer é a repetição do filme triste deste ano e que culminou com o rebaixamento. Somar 12 pontos no returno foi um fator que, para Brigatti, foi determinante para a queda de divisão. "O segundo turno da Ponte Preta foi muito abaixo e com situações adversas, com atletas sem confiança ou com falta de personalidade. Alguns atletas não conseguiram se superar nos momentos difíceis", completou.
Com passagens na Macaca como preparador de goleiros, auxiliar-técnico fixo, treinador e agora como coordenador de futebol, João Brigatti não tem receio em explicar de maneira pormenorizada porque aceitou permanecer no clube, apesar da impopularidade do presidente Marco Antonio Eberlin em parte da torcida. "Eu confio muito no trabalho do presidente Eberlin. Ele é um cara explosivo como eu e queremos que a coisa dê certo. Ele tenta tirar a Ponte Preta de uma situação delicada. Há quantos anos, a Ponte Preta disputa situações complicadas dentro dos campeonatos? Todo ano disputando para não cair. Ele está reestruturando a Ponte Preta para que chegue em lugares que ela merece", analisou.
"Não podemos deixar de ajudar a Ponte Preta. Mas, ao mesmo tempo, somos profissionais e precisamos trabalhar sério e precisamos contar com um Conselho Deliberativo e diretoria executiva que sejam sérios também", arrematou.
VOLTA
A reapresentação dos atletas está marcada para o dia 26 de dezembro. Continua em estudo a possibilidade de realização de uma pré-temporada em um local fora de Campinas.
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