O desempenho recente do time comandado por Hélio dos Anjos faz o clube ligar o sinal de sinal de alerta (Diego Almeida/PontePress)
Hélio dos Anjos seguirá como treinador da Ponte Preta. A ideia do presidente Marco Antônio Eberlin é mudar a situação do clube na Série B mesmo sem trocas na comissão técnica. Na última semana, a diretoria alvinegra debateu a fase atual da equipe e das perspectivas da temporada. Os dirigentes também foram informados que Hélio dos Anjos recebeu proposta para assumir outra equipe da competição, mas optou por seguir o projeto no Moisés Lucarelli.
O desempenho recente acendeu o sinal de alerta nos bastidores do clube, que segue na zona de rebaixamento. O empate sem gols contra o Sampaio Corrêa na última rodada foi o 18º jogo do treinador na Macaca. O aproveitamento é de apenas 27% dos pontos disputados. Desde fevereiro foram apenas três vitórias, seis empates e nove derrotas. Mesmo com o discurso de respaldo e manutenção do trabalho, internamente a cobrança subiu de tom para uma reação imediata.
“É natural que o resultado do treinador seja questionado quando não se tem resultado. Eu não sou nenhuma criança no futebol. Estou nisso há 38 anos e sei como funciona. Mas não estou aqui de favor. Eu permaneço aqui porque eu acredito e o clube também acredita nessa recuperação. A situação da Ponte Preta nos preocupa muito e a gente está correndo contra o tempo para alavancar nossa campanha”, explica Hélio dos Anjos.
"O meu trabalho vai continuar enquanto o clube acreditar na comissão técnica. A minha opção foi continuar porque eu acredito nisso. Eu poderia ter saído porque recebi uma proposta no domingo passado. Rejeitei porque gosto daqui, mas sou consciente que temos deficiências e precisamos trabalhar para corrigi-las", completou.
Nos últimos cinco jogos disputados na Série B, a Ponte Preta venceu apenas o confronto com o Ituano, fora de casa. Foram também três derrotas e um empate - justamente contra o Sampaio Corrêa. O receio do torcedor de um novo rebaixamento - assim como ocorreu no Campeonato Paulista -, gera desconfiança sobre a capacidade deste elenco de mudar a situação do clube.
"É angustiante porque sabemos que o trabalho está sendo feito e os resultados não estão chegando. Mas eu sigo acreditando que isso vai mudar. A Ponte Preta precisa de resultados. Eu sou quem mais sofre com essa situação. A minha cobrança já seria gigantesca mesmo se o torcedor não cobrasse. Somos os primeiros a identificar essa situação", desabafa o técnico.
"A Ponte Preta passa por situações que preocupam a gente. No último jogo colocamos pressão no adversário, criamos situações e tivemos nossas oportunidades. Tudo que se procurou fazer foi trabalhado. Sabemos das nossas limitações.- O gol não está acontecendo e a insegurança aumenta nos jogadores", analisa.
Reforços
A avaliação inicial do departamento de futebol é de que o grupo de jogadores apresenta algumas carências. A previsão inicial é de que Hélio dos Anjos receba pelo menos quatro ou cinco novos nomes na abertura da janela de transferências no dia 18 de julho. De contratação, a única certa para julho é a do volante Rithely. O jogador está integrado com o elenco pontepretano após disputar o Campeonato Paranaense com a camisa do Azuriz.
A crítica mais frequente nos bastidores do clube é de que o ataque não está produzindo o esperado e será a prioridade na movimentação. Na última partida, a comissão técnica promoveu a estreia do atacante Da Silva, ex-Novo Hamburgo. O jogador, entretanto, não será o único. Há conversas avançadas com o uruguaio Leandro Barcía, atacante do Rentistas que está emprestado ao Atlético Goianiense.
“O elenco merece uma mexida e isso é natural porque vencemos apenas três jogos na Série B. Não podemos aceitar essa situação. Daqui a pouco a gente pode até ir embora da Ponte Preta, mas não podemos deixar o clube nessa situação”, encerrou Anjos.