Com Luccca de volta, Hélio dos Anjos apostou em uma mudança radical na estrutura do time titular (Álvaro Jr./PontePress)
A Ponte Preta abriu o Moisés Lucarelli, na noite de ontem, na expectativa de reencontrar o caminho das vitórias na Série B do Campeonato Brasileiro. No duelo contra a Chapecoense, pela nona rodada da competição, os dois times fizeram um jogo de poucas oportunidades e não saíram do zero no placar.
De um lado, a Macaca que buscava deixar o posto de pior ataque da competição – ao lado de Guarani e CSA -, enfrentando uma das cinco melhores defesas da competição no reencontro com o técnico Gilson Kleina. Sem vencer, a Alvinegra aumentou o jejum sem vencer para quatro jogos.
O jogo:
Hélio dos Anjos apostou em uma mudança radical na estrutura do time titular para enfrentar a Chapecoense. Foram sete mudanças em comparação ao jogo contra o Bahia, focando principalmente no retorno de titulares importantes como Norberto, Fábio Sanches e Lucca.
Mas dentro de campo o que se viu foi um desenho de uma partida dramática. A média de falta até os 20 minutos era de uma infração marcada a cada dois minutos. Foram cinco amarelos apresentados só no primeiro tempo, registrando a dificuldade do árbitro baiano Marielson Alves da Silva para controlar a partida.
No lado pontepretano, nenhuma grande oportunidade foi registrada na primeira etapa. Já no time catarinense foram pelo menos duas chances: aos 27 minutos, Fernando recebeu lançamento de Tiago Real e chutou com perigo de fora da área. Depois, aos 37, Marcelo Freitas novamente adotou a estratégia de arriscar de longe e prendeu a respiração do torcedor presente no estádio.
Mesmo sem alterações, a Ponte Preta voltou para o segundo tempo com postura diferente e mais agressiva no ataque. Logo no primeiro lance, o goleiro Vagner salvou falha do zagueiro Léo e evitou o primeiro gol da partida. Animada, a equipe de Hélio dos Anjos adiantou as linhas e dificultou a criação da Chape.
Com a volta de Lucca depois de duas rodadas, a Ponte Preta tentava alimentar o camisa 10 no sistema ofensivo, mas a marcação do time de Gilson Kleina não cedeu espaços para o jogador. A estratégia então passou a ser semelhante ao jogo contra o Bahia, em Salvador, na última rodada: liberar os meias Fessin e Matheus Anjos para jogadas mais próximas da área.
Hélio dos Anjos promoveu mudanças para dar novo fôlego ao time. Aos 23 minutos, Pedro Júnior recebeu a grande oportunidade do segundo tempo. Lançado por Luiz Fernando, o atacante ficou de frente para o gol de Vagner, mas isolou e depois foi substituído pelo estreante Dodô. Já aos 28, em finalização de fora da área, Léo Naldi assustou a defesa do time catarinense.
Mesmo com pouca intensidade, os visitantes receberam uma grande oportunidade aos 30 minutos. Amaral falha na saída de bola da Macaca, Derek recupera e exige grande defesa de Caíque França. O goleiro utilizou os pés para salvar o sistema defensivo de nova falha na competição. O jogo se arrastou até o apito final sem ninguém balançar as redes.
FICHA TÉCNICA:
PONTE PRETA 0 x 0 CHAPECOENSE
PONTE PRETA: Caíque França; Norberto, Thiago Oliveira, Fábio Sanches e Artur (Jean Carlos); Léo Naldi, Felipe Amaral, Matheus Anjos (Luiz Fernando) e Fessin; Lucca (Ramires) e Pedro Júnior (Dodô). Técnico: Hélio dos Anjos
CHAPECOENSE: Vagner; Ronei, Léo, Frazan e Fernando; Betinho (Orejuela), Marcelo Freitas e Tiago Real (Lima); Claudinho (Matheus Bianqui), Luizinho (Maranhão) e Jonathan (Derek). Técnico: Gilson Kleina
Cartões amarelos: Thiago Oliveira, Léo Naldi, Lucca, Jean Carlos e Amaral (PON) | Betinho (CHA)
Público: 2.234
Renda: R$ 36.100,00
Árbitro: Marielson Alves da Silva (BA)
Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP)
