RIVALIDADE

Ponte Preta denuncia provocação de dirigente

Clube aciona a CBF e até a Polícia Civil após atitude de dirigente do Guarani no Dérbi de sábado

Paulo Santana
santana@rac.com.br
27/08/2018 às 22:00.
Atualizado em 22/04/2022 às 15:53

O presidente da Ponte, José Armando Abdalla, e o diretor jurídico Giulliano Guerreiro condenaram a atitude de Gilberto Moreno, que exibiu na TV uma placa com os dizeres "Nunca Serão" (Paulo Santana/AAN)

Para a Ponte Preta, o 192º Dérbi ainda não acabou. Segunda-feira, o clube encaminhou denúncia formal contra Gilberto Moreno, membro do Conselho de Administração do Guarani, por provocação e incitação à violência. De acordo com o presidente José Armando Abdalla Junior, que esteve na entrevista coletiva acompanhado do diretor jurídico Giulliano Guerreiro, a atitude poderia ter provocado uma tragédia. Algo que não aconteceu porque o jogo tinha torcida única. "Foram duas semanas de intenso trabalho junto aos torcedores organizados e comuns. Fizemos uma grande campanha de conscientização contra a violência e mais de 300 pessoas trabalharam diretamente no Dérbi. Tudo foi organizado com muito cuidado para que o jogo transcorresse da melhor forma possível, mas no final aparece uma pessoa que faz parte da diretoria do Guarani que deveria dar o exemplo, e toma uma atitude lamentável como essa" , comentou Abdalla. De acordo com Guerreiro, um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil e também foi feita denúncia junto à CBF. " A atitude é de incitação à violência. Um completo desrespeito ao profissionalismo criado na organização do Dérbi. É lamentável que um senhor, que certamente já tem neto e até bisneto, aja desta maneira. Uma pessoa com esta idade não pode agir de forma tão bizarra e ofensiva à torcida adversária", destaca o diretor jurídico. A atitude de Moreno, que irritou os pontepretanos, aconteceu na saída dos jogadores do gramado. O meia Ricardinho estava sendo entrevistado pelo canal Sportv, quando o dirigente exibiu um pequeno cartão com os dizeres "Nunca Serão". A TV tratou de mudar o foco rapidamente, mas não o suficiente para que o ato ganhasse repercussão nas redes sociais. O delegado do jogo Flaubert Dias Machado, que representou a CBF, fez um relatório adicional ontem e citou o episódio da provocação. Ele anexou o documento à sumula da partida. Agora, caberá aos procuradores do STJD tomarem a decisão de fazer alguma denúncia. Conforme diz o artigo 243-D do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, "incitar publicamente o ódio ou a violência por meio da imprensa, rádio, televisão, internet ou qualquer meio eletrônico", pode render multa de R$ 50 mil a R$ 100 mil e suspensão de 360 a 720 dias afastado dos estádios. Já aconteceu Em julho de 2011, o locutor do Majestoso soltou uma frase provocativa que gerou grande confusão e terminou com presos e feridos no estádio da Macaca. O Guarani foi multado em R$ 50 mil, a Ponte pagou R$ 100 mil, além de ver seu ex-funcionário suspenso por 180 dias pelo STJD.

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