Diogo Silva pegou um pênalti e fez importantes defesas pela Macaca (Pedro Zacchi-Agência Paulistão)
Com 18 pontos ganhos e dentro da zona de classificação do Grupo D do Campeonato Paulista, a Ponte Preta ostenta a marca de melhor defesa da competição, com cinco gols sofridos em nove jogos. Os números lutam, no entanto, contra um incômodo tabu. Desde que a atual fórmula de disputa foi implantada, em 2017, em duas oportunidades, a Macaca terminou a fase inicial com uma marca baixa no critério e não evitou a desclassificação.
Na edição de 2018, após nove rodadas, a alvinegra campineira levou sete gols, fez seis e somou apenas duas vitórias. Nas três rodadas restantes, o time tomou mais um e terminou com 12 pontos, insuficiente para obter a vaga no Grupo B, pois o São Caetano teve 15 e o São Paulo terminou na liderança com 17.
Restou ao time campineiro disputar o Torneio do Interior. Na etapa inicial, o clube terminou com seis pontos, atrás do Ituano com quatro e o Bragantino com um. Nas finais, um empate contra o Mirassol por 1 a 1 e uma vitória por placar simples no Majestoso asseguraram o troféu.
No ano seguinte, com nove partidas, a Ponte Preta tinha sofrido cinco gols, idêntica marca desta edição da Série A-1. Depois, o time tomou mais dois e terminou com 19 pontos. O desempenho foi insuficiente para disputar as quartas de final. A equipe terminou atrás do Bragantino, com 27, e o Santos, com 23.
Em nova disputa do Troféu do Interior, a equipe bateu o Bragantino por 1 a 0 e nos 90 minutos restantes, placar de igualdade de 1 a 1. Nas semifinais, a Ponte Preta passou pelo Oeste, com um empate por 2 a 2 e um triunfo por 2 a 0. Na decisão contra o Red Bull Brasil, o placar sem gols gerou a decisão por pênaltis e a Macaca perdeu por 3 a 1.
Apesar de ter este tabu incomodo, a atual performance defensiva da Macaca é superior a de outras edições com nove jogos. Em 2017, a equipe treinada por Gilson Kleina tinha sofrido 12 neste recorte. Em 2020, disputada em duas partes por causa da pandemia do coronavírus, a Macaca amargou 13 gols tomados, enquanto que, na edição subsequente, com nove confrontos, o índice ficou em 9 gols colocados nas redes da Macaca.
No ano de rebaixamento, em 2022, o fato de ter tomado 15 gols em 810 minutos serviu de alerta para o rebaixamento, que virou realidade. No ano passado, foi repetida a marca de nove gols sofridos com nove partidas.
Elogios
Pelas estatísticas exibidas e diante do desempenho contra o Mirassol, o técnico Alberto Valentim celebrou os feitos da equipe no campeonato e a permanência no grupo de classificação do Grupo D. "A Ponte depois do Dérbi e das vitórias foi uma Ponte guerreira, com muita obediência tática. Essa vitória é para coroar o esforço desse grupo. Tínhamos dois objetivos a princípio, que eram vencer o Dérbi e fazer 12 pontos. Agora lutamos pela classificação, temos que fazer nosso dever de casa", disse o treinador.
Um dos trunfos, de acordo com a comissão técnica, é a versatilidade do elenco. O técnico não economizou elogios ao volante Dudu, acionado na partida, e que foi autor do gol da vitória contra o Mirassol.
"Importantíssimo quem começa, mas quem entra talvez seja mais importante. Isso é na prática, não só da boca para fora. Temos muita humildade, temos que continuar com a guarda alta", alertou o comandante da comissão técnica, satisfeito pelo aproveitamento de 100% nos jogos na condição de visitante.
Após vencer o Novorizontino na estreia pelo placar minimo, a alvinegra campineira bateu o Água Santa por 1 a 0, o Noroeste por 2 a 1, e agora o Mirassol, também por 2 a 1. A única vitória na condição de visitante foi no Dérbi 209, quando bateu o Guarani por 2 a 0.
Para o jogo contra o Botafogo-SP, os desfalques confirmados são os volantes Emerson e Léo Oliveira, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo.
Siga o perfil do Correio Popular no Instagram