Macaca aproveita o período de 11 dias sem jogos para reequilibrar os níveis de força do elenco
O preparador físico Caio Gilli também acumula a função de auxiliar técnico na Ponte Preta: "A gente tem uma sintonia muito boa e eu procuro ajudar da melhor forma possível" (Paulo Santana/AAN)
A Ponte Preta finalmente conseguiu um período de folga na tabela da Série B do Campeonato Brasileiro. Algo raro desde o início da competição, já que o time passou boa parte das primeiras rodadas envolvido também com a Copa do Brasil. Por isso, o preparador físico Caio Gilli quer tirar o máximo dos jogadores nesses 11 dias de intervalo entre o empate com o CSA, terça da semana passada, e o desafio com o Figueirense, sábado, às 18h, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis, para reequilibrar os níveis de força do elenco. "A gente vinha numa sequencia muito forte, com dois jogos praticamente em toda semana. Teve semana, inclusive, com jogo na segunda, quinta e domingo" , cita. "Em 17 semanas, nosso time teve apenas dois intervalos de uma semana sem jogo", completa Caio. Para ele, esse período sem jogos oficiais serve para cuidar dos jogadores com mais atenção para buscar uma hegemonia física do elenco. "Quem está jogando, geralmente faz uma carga excessiva de trabalho, e precisa de uma maior recuperação física. Já aqueles que não jogam sempre, precisam de um cuidado diferente porque estão em boa condição física, mas perdem no que a gente chama de 'ritmo de jogo'" , destaca. Para ele, nessa parada, será possível equiparar o condicionamento de todos os atletas. "Podemos diminuir a carga de jogo e mexer com a força que treinamos pouco em período de partida", disse, ressaltando que diferentes cargas de trabalho deixam jogadores pouco utilizados abaixo dos demais. "Por mais que você tente simular no treino, não se atinge o que é o jogo de verdade" , conclui. As longas viagens também são motivos de preocupação da comissão técnica. "Isso a gente sabe que não é nenhum ‘privilégio’ da Ponte, até porque sabemos a dimensão do Brasil e todos os times passam pelas mesmas dificuldades. Tem equipes, aliás, que sofrem até mais que a Ponte", admite. Auxiliar Caio Gilli, que até recentemente atuava como auxiliar de preparação física e cuidava dos atletas em fase de transição do departamento médico para o trabalho de campo, agora acumula a função de auxiliar técnico de João Brigatti. "A gente tem uma sintonia muito boa e eu procuro ajudar da melhor forma possível. Como auxiliar, tenho mais facilidade de contato com os atletas e também posso passar alguma coisa para o João. Falando com auxiliar, o atleta se sente mais à vontade. Isso tem funcionado bem", comenta.