Eficaz no ataque e com defesa sólida, a Macaca construiu a vitória com gols de João Veras e Moisés (Diego Almeida/ Ponte Press)
A Ponte Preta se recuperou de eliminação precoce na Copa do Brasil em grande estilo. Em atuação exímia no primeiro tempo, a Macaca despachou o Santos pelo placar de 3 a 0, ontem à noite, no Estádio Moisés Lucarelli, em duelo válido pela quinta rodada do Campeonato Paulista.
Eficaz, Macaca construiu a vitória com gols dos jovens João Veras, em dose dupla, e Moisés, todos antes do intervalo.
Com o resultado positivo imponente, o segundo consecutivo no Estadual, Alvinegra salta a sete pontos e corta para três a desvantagem em relação à zona de classificação - a Ferroviária é vice-líder do Grupo B com dez tentos.
Com time misto por conta da Copa Libertadores da América, o Peixe segue estacionado em seis, mas também na segunda colocação, atrás do Mirassol com oito e à frente do Guarani, com cinco.
Com tempo curto de preparação, a Ponte Preta volta a campo pelo Paulistão na próxima segunda-feira, 19 de abril, diante do Red Bull Bragantino, no Estádio Nabi Abi Chedid, às 20h. O Alvinegro Praiano, por outro lado, encara a Internacional de Limeira, no domingo, no mesmo horário, na Vila Belmiro.
O jogo
A Ponte Preta fez 45 minutos primorosos e em linha tênue com a perfeição. Concentrada, bem organizada, vital na marcação e fatal, time da casa apresentou comportamento não visto pelo torcedor ainda nesta temporada e foi imperdoável no ataque com muita velocidade.
Com direito a duas finalizações logo de cara, Macaca apresentou o cartão de visitas ao Peixe e deixou claro que o buraco seria mais embaixo: o primeiro gol, inclusive, seria questão de tempo.
Com rapidez na transição ofensiva pelos dois lados, precisou de apenas oito minutos no cronômetro para tirar o zero do placar com João Veras, que aproveitou rebote de John e, com doses de oportunismo e bom posicionamento, estufou as redes, em ótima jogada individual de Moisés em cima de Vinícius Balieiro.
Os problemas questionados pelos torcedores, porém, ficaram menos claros também logo no começo. À frente do placar, Ponte Preta abaixou as linhas e ofereceu a bola ao adversário, que controlou o confronto, porém levou quase nenhum perigo efetivo ao gol defendido por Ygor Vinhas.
A transição, graças à deficiência na saída de pelota com os zagueiros, foi prejudicada, enquanto o contra-ataque tornou-se uma arma perigosa para agredir - foi desta forma, inclusive, que Niltinho, cara a cara com John, desperdiçou oportunidade de ampliar a vantagem.
Com proposta bem definida, Nega Véia ensaiou nova blitz e, na mesma metodologia, confirmou êxito na estratégia traçada por Fábio Moreno e marcou em dose dupla com João Veras e Moisés, graças a dois ataques em dois minutos.
Depois do intervalo, nada praticamente mudou no Majestoso. Ao passo que o Santos manteve o controle de posse, mas pecou pela falta de objetividade, Macaca trabalhou bem no sistema defensivo e reforçou ainda mais na marcação, porém com pouquíssimas aparições no setor de frente.
As principais oportunidades dos visitantes foram em cobranças de falta, com Gabriel Pirani e Marinho - ambas foram bem defendidas por Ygor Vinhas.
Sem se desgastar fisicamente e com resultado debaixo do braço, comandados de Fábio Moreno, com sangue frio, organização e cautela, carimbaram a segunda vitória seguida no Paulista, fundamental para aliviar pressão da torcida.
