NO MAJESTOSO

Ponte perde do Brasil de Pelotas

Macaca é derrotada por 1 a 0 e agora passa a pensar em não correr risco de rebaixamento

Paulo Santana
26/09/2018 às 00:15.
Atualizado em 22/04/2022 às 01:54
Hyuri lamenta: Ponte Preta precisará buscar três vitórias nas nove rodadas finais para não começar a passar sufoco na parte de baixo da tabela (Estadão Conteúdo)

Hyuri lamenta: Ponte Preta precisará buscar três vitórias nas nove rodadas finais para não começar a passar sufoco na parte de baixo da tabela (Estadão Conteúdo)

A Ponte Preta perdeu mais uma no Estádio Moisés Lucarelli. Agora, em vez de pensar no acesso, terá que voltar seus olhos para a parte de baixo da tabela porque precisa buscar três vitórias nas nove rodadas finais da Série B do Campeonato Brasileiro para se livrar do risco de rebaixamento. A derrota de terça-feira à noite, por 1 a 0, foi para o Brasil de Pelotas, com gol de Welinton Junior, no primeiro tempo. Com este resultado, que pode custar o emprego do técnico Marcelo Chamusca, a Macaca poderá cair até duas posições no complemento da rodada. O Coritiba, que enfrenta o Avaí em casa, e o Criciúma, que joga fora contra o Boa, poderão jogar o time para a 13ª colocação. A derrota foi a quinta em 16 confrontos realizados como mandante na Série B. A Ponte, que ainda não venceu sob o comando de Marcelo Chamusca, ganhou apenas três e empatou seis em seus domínios. O próximo desafio está marcado para o dia 6, novamente no Majestoso, diante do CRB. O jogo esteve longe de ser empolgante. Os dois times não conseguiram criar muitas oportunidades claras de gol. A Ponte até tentou tomar a iniciativa, mas errava demais nas proximidades da área adversária. O Brasil, que mostrou claras deficiências, conseguiu trocar passes, porém sem muita efetividade. Mesmo assim, as principais chances foram dos gaúchos. Aos 15', em boa jogada pela esquerda, o Brasil levou perigo pela primeira vez. Alex Ruan escapou da marcação e jogou a bola para o meio da área. Michel dominou e chutou cruzado. A bola passou perto. A Macaca só atacou aos 33', quando Hyuri foi derrubado quase em cima da linha da grande área. A falta perigosa foi batida por João Vitor, muito longe do gol de Marcelo Pitol, que fez bela defesa no minuto seguinte. Danilo Barcelos cruzou da esquerda, Renan Fonseca subiu sozinho de cabeça e o goleiro salvou com uma defesa no chão. Depois de um chutão da defesa para o ataque, a zaga da Ponte foi pega de surpresa e tomou o gol, aos 37'. Diego Miranda pegou rebote de João Vitor, ajeitou no meio e serviu na medida para Welinton Junior. Na direita, o atacante só teve o trabalho de tocar no canto oposto de Ivan para fazer 1 a 0. A Ponte reclamou pênalti em lance aos 45' quando Roberto recebeu pela esquerda e tentou o chute rasteiro. Éder Sciola se joga na bola, que acerta sua perna e, posteriormente, toca no braço. O árbitro mandou seguir. O segundo tempo começou com a Ponte pressionando. Logo aos 3', Hyuri recebeu na área e ajeitou para o chute de Matheus Vargas. A bola passou raspando o travessão. Aos 10', o juiz assinalou falta em dois lances dentro da área do Brasil. João Vitor rolou para Danilo Barcelos chutar por cima, da marca do pênalti e com muita gente na barreira. A torcida reclamou bastante com o time na saída do gramado e também protestou contra a diretoria. Reunião revela racha entre diretores Se em diretorias anteriores as discordâncias com o presidente de honra Sergio Carnielli — há 22 anos no poder — e os constantes problemas administrativos se tornavam públicos ao final das gestões — vide os exemplos de Márcio Della Volpe e Vanderlei Pereira —, desta vez as confusões começaram bem antes. Com apenas oito meses no comando da Ponte Preta, José Armando Abdalla Junior já foi alvo de críticas do mandatário responsável por todo suporte financeiro. O racha ficou claro na reunião do Conselho Deliberativo, realizada na noite da última segunda- feira, mostrando que os dois lados já não falam a mesma língua. Segundo Carnielli, foi preciso fazer um aporte de R$ 2,3 milhões no começo da temporada para pagamento do 13º salário e até para as inscrições no Campeonato Paulista. Além disso, se mostrou insatisfeito com a suposta omissão de Abdalla em decisões importantes. Inclusive, por não ter sido consultado a respeito da contratação de Marcelo Chamusca já que ele foi contra a saída de João Brigatti. Trinta conselheiros da oposição protocolaram requerimentos pedindo esclarecimentos a respeito do Balanço Trimestral, da recomposição do Conselho Fiscal e também das negociações envolvendo jovens promessas da base. Entre os pedidos, eles querem saber sobre os valores das transferências de Thiaguinho, Yuri, Felippe Cardoso, Emerson, Bruno Silva e Igor Maduro. Os conselheiros também pediram detalhes acerca da quase vinda de Luis Fabiano e da ausência de um diretor de futebol desde que Ronaldão foi dispensado. A diretoria tem prazo de 30 dias para responder aos pedidos e não há necessidade de nova convocação do Conselho.

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