Se conseguir sustentar o bom aproveitamento, Macaca poderá acumular de 49 a 50 pontos
Diante do Retrô, Ponte Preta faturou vitória em casa e confirmou boa largada (Marcos Ribolli)
Na liderança da Série C do Campeonato Brasileiro com 13 pontos, a Ponte Preta faz contas para manter a posição, quebrar recorde de pontuação ou adotar uma postura mais conservadora e assegurar vaga entre os oito primeiros ao final das 19 rodadas da primeira fase.
Com aproveitamento de 86,7% dos pontos disputados, se conseguir manter esse desempenho até o fim da fase classificatória, a Macaca poderá terminar com 49 ou 50 pontos — o que representaria a melhor marca da Série C desde a adoção da atual fórmula de disputa, em 2022. No ano passado, o Botafogo-PB liderou a fase inicial com 41 pontos. Em 2022, o Mirassol foi o primeiro colocado com 33 pontos, e, em 2023, o Operário terminou na ponta com 36 pontos. Para manter o atual desempenho, a Ponte precisaria somar mais 36 dos 42 pontos em disputa — um aproveitamento de 85,71%. Para superar a marca do Botafogo-PB, bastaria conquistar mais 29 pontos, o que exigiria 69,04% de aproveitamento.
Se a meta for apenas garantir a oitava colocação, a missão se torna mais acessível. Considerando o histórico recente da competição, a Ponte precisaria somar cerca de 16 pontos dos 42 restantes — um aproveitamento de 38%. Em 2022, a Aparecidense avançou com 29 pontos, mesma pontuação do São Bernardo em 2023, o que representa 50,9% dos pontos possíveis. No ano passado, o Remo classificou com 26 pontos e 45,6% de aproveitamento.
Mesmo assim, não há margem para relaxamento. O histórico da Série C mostra que equipes com bom início de campanha nem sempre mantêm o ritmo até o fim. Por outro lado, clubes que começaram mal conseguiram reações impressionantes. Em 2022, por exemplo, o Mirassol liderava após cinco rodadas com 13 pontos, enquanto o Botafogo-PB era apenas o 12º, com sete pontos. O ABC era vice-líder com 10 pontos, e o Vitória (BA) estava na zona de rebaixamento, na 17ª posição, com quatro pontos.
Em 2023, os quatro clubes que conquistaram o acesso à Série B iniciaram a competição em posições intermediárias ou até inferiores. O Brusque era o 11º, com sete pontos; o Operário, sexto com oito; o Amazonas, quinto com oito; e o Paysandu ocupava a 16ª colocação, com seis pontos.
Em 2024, a tabela já apontava os principais postulantes. O Athletic-MG liderava com 15 pontos e 100% de aproveitamento, ao lado do Ypiranga-RS. O BotafogoPB, por sua vez, tinha os mesmos 13 pontos da Ponte atualmente. O Remo era o 15º com quatro pontos, mas conseguiu terminar entre os oito. Volta Redonda e Ferroviária, com 12 e 11 pontos respectivamente, também estavam na zona de classificação após cinco rodadas.
Na entrevista coletiva realizada ontem pela manhã, o técnico Alberto Valentim confirmou a informação previamente divulgada pela assessoria de imprensa: ele não esteve no estádio Novelli Júnior, já que cumpria suspensão por ter recebido o terceiro cartão amarelo diante do Anápolis-GO. “Foi uma experiência muito ruim não poder estar perto dos jogadores e da comissão técnica. Eu não estive no vestiário e só pude abraçá-los e parabenizá-los no retorno para Campinas”, relatou o treinador.
Apesar disso, a árbitra Daiane Muniz registrou em súmula que foi informada pelo delegado da partida, Marcelo Rezende, que o treinador esteve nas dependências do vestiário visitante e também em um camarote durante o jogo. “Informo que, após o término da partida, fui informada pelo delegado de jogo Sr. Marcelo Rezende que o treinador da equipe visitante, Sr. Alberto Valentim, suspenso, foi identificado no interior do vestiário de sua equipe durante o intervalo da partida e em um camarote durante o jogo. Reforço que nenhum membro da equipe de arbitragem presenciou o fato”, consta no relatório disponível no site da CBF.
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