Sob o comando interino de João Brigatti, a Macaca recebe o Oeste, neste sábado (2), às 19h, no Moisés Lucarelli, pela 8ª rodada
Brigatti reconhece a importância da partida: Nosso primeiro objetivo é o Oeste. É uma guerra, final de campeonato e precisamos vencer (Leandro Ferreira)
Depois de uma semana turbulenta, que começou com a derrota para o Sampaio Corrêa e culminou nas saídas do técnico Doriva e do diretor de futebol Ronaldão, a Ponte Preta tenta abrandar a crise e encontrar o rumo na Série B do Brasileiro. Sob o comando interino de João Brigatti, a Macaca recebe o Oeste, neste sábado (2), às 19h, no Moisés Lucarelli, pela 8ª rodada, em busca da primeira vitória em casa. Mais uma vez, a partida será disputada com portões fechados — é o quarto de um total de seis jogos de punição. Com apenas 7 pontos, a Macaca não consegue um resultado positivo há três rodadas e viu as últimas posições se aproximarem de maneira perigosa. As fracas atuações da equipe contribuíram para a queda do treinador. A partir de agora, porém, é preciso fazer diferente para mudar esse quadro. "O mais importante nesse momento é restabelecer a confiança dos jogadores, comissão técnica e principalmente da torcida. Jogar bem é consequência do espírito dentro de campo. Precisamos do resultado", diz Brigatti. "Nosso primeiro objetivo é o Oeste. É uma guerra, final de campeonato e precisamos vencer". Em cima dessa proposta de recuperação, fazer o dever de casa é fundamental. Como mandante, a Ponte acumula derrotas para Paysandu e Londrina, além do Atlético-GO, em jogo que foi realizado em Bragança Paulista. Outra vez não haverá apoio das arquibancadas, mas isso precisa ser finalmente superado. "A torcida da Ponte é fantástica e faz muita falta, mas o problema está aí para ser resolvido. Não podemos baixar nosso espírito porque não tem torcida", adverte o treinador. "Time que quer subir no campeonato não pode se dar ao luxo de perder tantas partidas em casa. Isso incomoda e passa insegurança. O grande ponto fora da curva da campanha são essas derrotas", completa. Para enfrentar o Oeste, que é um concorrente direto na tabela, afinal tem dois pontos a mais, Brigatti avisou que não pretende fazer mudanças radicais ao que vinha sendo realizado por Doriva. O time, porém, terá pelo menos três mudanças. A única garantida é a entrada do zagueiro Léo Santos no lugar do suspenso Renan Fonseca. A presença de Marciel na lateral-esquerda, com Danilo Barcelos voltando a atuar mais avançado, também é uma opção. "Vamos tentar acertar mais a defesa, que acho que estava um pouquinho exposta, principalmente pelos gols que vinha tomando", analisou o treinador. FICHA TÉCNICA PONTE PRETA Ivan; Igor, Léo Santos, Reginaldo e Marciel; Nathan, Paulinho e Tiago Real; André Luís, Júnior Santos e Danilo Barcelos. Técnico: João Brigatti (interino). OESTE Tadeu; Bruno Lima, Patrick, Leandro Amaro e Conrado; Lídio, Nenê Bonilha, Mazinho e Danielzinho; Pedrinho e Léo Artur. Técnico: Roberto Cavalo. Local: Moisés Lucarelli. Horário: 19h. Juiz: Dyorgines Jose Padovani de Andrade (ES). João Brigatti assume pela quarta vez em dois anos Pela quarta vez em dois anos, João Brigatti assume de maneira interina o comando da Ponte Preta. Auxiliar-técnico fixo do clube, ele tem duas partidas em casa para conduzir o time à reação e mostrar para a diretoria que a solução pode ser caseira. Confiante no próprio potencial, o profissional não esconde de ninguém o desejo de ser efetivado, mas coloca a recuperação da Macaca como ponto principal nesse momento. Foi Brigatti quem, depois de um Campeonato Paulista ruim, assumiu a equipe no lugar de Eduardo Baptista e conseguiu conduzir a alvinegra ao título do Troféu do Interior. Para obter sequência na Série B, só uma coisa interessa. "Ter esse elo com a torcida e a diretoria ajuda um pouco na hora de assumir definitivamente, mas o que vai manter no cargo são os resultados. Disso sou muito consicente e tenho certeza que estou muito mais preparado", diz. A preparação de Brigatti, além das experiências como interino na Ponte, se baseia também num curso que realizou promovido pela CBF. Disposto a subir de degrau na carreira, ele diz que nem uma demissão, que o tiraria da 'zona de conforto' que é compor a comissão técnica fixa, é algo que incomoda ou o faz pensar duas vezes. "Eu já sou treinador. O que falta é deixar de ser interino e se tornar efetivo. Isso vai acontecer, pode ter certeza. Não tenho medo de perder o cargo", garantiu o por enquanto técnico interino João Brigatti.