Sub-20 em ação na Série B do Brasileirão: aulas para conhecer a história do clube (Marcos Ribolli)
Com a meta de proporcionar uma melhor formação intelectual aos jogadores pertencentes às categorias de base, a Ponte Preta lançou ontem um programa de capacitação para que os garotos vinculados ao clube conheçam a história da agremiação e tenham contato com informações sobre formas de combate à discriminação racial.
A primeira aula do projeto, intitulado “Inclusão e Capacitação para a Base”, será no dia 24 de junho, das 18h às 21h. A aula também terá informações sobre formas de combate à violência contra a mulher. Segundo os responsáveis pelo projeto, o diretor de patrimônio da Macaca, Marco Antônio Castiglieri, será o responsável por trazer aos atletas uma aula de imersão na trajetória da Macaca.
A componente do Comitê Antirracista da Ponte Preta, Jaqueline Medeiros, será encarregada de fazer a aula sobre letramento racial. Já a discussão sobre combate à violência contra a mulher será liderada por Maria Lourdes Soares, comandante da Guarda Civil Metropolitana de Campinas. “A Ponte sempre foi símbolo de resistência. Fomos o primeiro clube brasileiro a contar com jogadores negros desde a fundação, e essa história precisa estar viva no cotidiano do clube”, disse a Diretora de Inclusão Social, Lucimara Ferreira.
Para a dirigente, é preciso explorar as potencialidades da Macaca, tanto na esfera esportiva como na social. “A Ponte Preta não é só futebol e eu acredito nisso. A Ponte Preta chega em lugares que outros times não chegam, com todo respeito que eu tenho aos outros times, mas não chegam. A Ponte Preta é um time conhecido como time do povo e pode, sim, ser utilizado como ferramenta social”,
Conhecer a história é um caminho, segundo Lucimara Ferreira, até para formatar atletas que tenham identificação com o clube de maneira profunda. “Nós não temos mais ídolos. Faz algum tempo que nós não temos um jogador que se identifique com a história da Ponte, que goste e vire aquele ídolo que termina a profissão, a carreira, mas continua ali com o coração pulsante na Ponte Preta e os nossos torcedores também terem relação com esse profissional. No texto que fundamenta o projeto, existem os princípios determinados para que os atletas assimilem ao final das três aulas, que terão duração de uma hora. “Nosso objetivo principal é contribuir para a formação humana dos jogadores da base, despertando neles uma consciência crítica sobre o mundo que os cerca e sobre o papel que cada um pode desempenhar na construção de uma sociedade mais justa dentro e fora dos campos. Queremos que esses jovens conheçam e valorizem a história da Ponte Preta: entendam o que é o racismo e como enfrentá-lo, aprendam a respeitar as mulheres com ações efetivas no combate à violência contra a mulher e mantenham viva a tradição da Ponte Preta no pioneirismo de ações sociais que transformam a sociedade”, descreveu um trecho do documento.
As aulas são integrantes de um pacote que visa melhorar as condições de trabalho das categorias de base. Na atual administração, os garotos do Sub-20 tiveram alojamentos reformados no estádio Moisés Lucarelli enquanto um novo Centro de Treinamento será viabilizado e específico para as categorias de base.
Três equipes pontepretanas continuam na disputa do Campeonato Paulista. O Sub-20 voltará a campo amanhã para enfrentar o São Caetano no estádio Anacleto Campanella. Treinada por Nenê Santana, a equipe está na 10ª colocação do Grupo 1 com 10 pontos somados. A competição é formada por 48 equipes, sendo que os concorrentes foram divididos em 3 chaves com 16 times cada. Os 10 primeiros são classificados para a próxima fase.
No Sub-17, time treinado por Robson Dias Pinto, a equipe pontepretana lidera o Grupo 6, com 22 pontos. No próximo sábado, a equipe joga contra o União São João, às 11 horas. O Sub-15, sob o comando do ex-zagueiro Luis Carlos da Silva Júnior, por sua vez, jogará às 09h contra a equipe de Araras.
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