Em situação difícil na Série B, Ponte Preta mira reabilitação contra o Ituano, no Moisés Lucarelli, na terça-feira (Anderson Stevens/Sport Club do Recife)
Após nova derrota na Série B do Campeonato Brasileiro, dessa vez para o Sport, novamente jogando fora de casa, a Ponte Preta entrou na zona de rebaixamento.
Com a virada - em dois gols relâmpagos no início do segundo tempo -, a equipe dirigida pelo técnico Hélio dos Anjos voltou a demonstrar instabilidade emocional e várias falhas, desde o sistema defensivo até o campo de ataque, que precisam ser corrigidas.
Agora, na 18ª posição na tabela de classificação geral com nove pontos, à frente somente de Tombense e Guarani, também com nove, a Macaca retorna o convívio com o fantasma do descenso, em situações semelhantes ao que ocorreu na disputa do último Campeonato Brasileiro (quando garantiu a permanência na penúltima rodada) e no Campeonato Paulista (campanha que culminou no rebaixamento, depois de 23 anos na elite estadual, para a Série A2).
A campanha até aqui tem duas vitórias, três empates e cinco derrotas nos 10 jogos disputados. Além disso, apenas cinco gols marcados (pior ataque da Série B) e oito sofridos, resultando em um saldo negativo de três.
Os dois triunfos que possui (CRB e Brusque, terceira e quinta rodada, respectivamente) aconteceram no Estádio Moisés Lucarelli, perante o apoio do torcedor.
“Foi um resultado péssimo. Pelas circunstâncias do jogo, ganhando e melhor no início da partida, depois tomamos o sufoco no primeiro tempo. Na volta do intervalo estávamos desligados e acabou sendo justamente quando eles viraram. Isso não pode acontecer, agora vamos levantar a cabeça e continuar lutando para sair dessa situação, porque o campeonato é longo e tem bastante coisa pela frente”, analisou o zagueiro Fábio Sanches após o duelo.
Para melhorar e conseguir sair do Z-4 o time da Ponte Preta precisa, em primeiro lugar, voltar a ganhar jogos fora de casa. Principal problema do clube campineiro na temporada, é apenas uma vitória em 12 jogos que aconteceram fora de seus domínios.
Somando Paulistão, Copa do Brasil e Série B, a Macaca tem um triunfo, dois empates e nove derrotas. O aproveitamento é de 13,88%.
Mantido no cargo de treinador e com respaldo da diretoria executiva, com o comando do presidente Marco Antônio Eberlin, Hélio dos Anjos também deixa a desejar no retrospecto desde que assumiu a Alvinegra - estreia aconteceu no dia 26 de fevereiro, no empate por 1 a 1 diante do Mirassol no Estádio José Maria de Campos Maia.
De lá para cá, Hélio esteve à frente em 14 partidas, sendo duas vitórias, cinco empates e sete derrotas - o que resulta em um baixo aproveitamento de 26,19%.
Adeus
Horas antes da bola rolar para Ponte Preta x Sport, na Arena Pernambuco, o clube anunciou de forma oficial a rescisão amigável do contrato com o atacante Pedro Júnior.
O atleta foi contratado no início do ano e tinha vínculo até novembro, quando acaba a Série B do Campeonato Brasileiro.
Fato curioso é que no embate anterior, contra a Chapecoense, Pedro havia sido titular e atuou por 70 minutos até ser substituído por Dodô.
Ao todo, foram 11 jogos realizados, nenhum gol marcado e uma assistência - justamente na estreia do jogador, no dia 02 de fevereiro, no triunfo sobre o Novorizontino.
"A Ponte Preta e o atacante Pedro Júnior rescindiram contrato amigavelmente - o desligamento do atleta não gerou nenhum ônus para a Macaca. A Ponte agradece os bons serviços do jogador e deseja boa sorte nos próximos desafios", dizia o comunicado.
Situação
Para o próximo duelo, na terça-feira, dia 7, contra o Ituano, no Novelli Júnior, a partir das 20h30, Hélio dos Anjos irá contar com o retorno do zagueiro Thiago Oliveira, que cumpriu suspensão automática.