Expectativa é por boa presença de público na segunda-feira contra Ypiranga (Arquivo Pontepress)
Enquanto ainda não apresenta ingressos com valores mais populares na Série C do Campeonato Brasileiro, a Ponte Preta tenta ampliar sua arrecadação com bilheteria no jogo de segunda-feira, às 19h30, contra o Ypiranga (RS), no estádio Moisés Lucarelli. Assim como nas partidas diante de Anápolis e Brusque, os bilhetes mais baratos custarão R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
As quantias praticadas resultaram em público total de 11.263 pessoas e arrecadação de R$ 165.290. O valor só não foi maior porque o confronto contra o Retrô ocorreu com portões fechados, por conta de punição imposta após os episódios de violência registrados no dérbi de 20 de outubro do ano passado, vencido pelo Guarani por 1 a 0.
Mesmo assim, a receita foi superior à de outras ocasiões semelhantes. Na Série B de 2023, por exemplo, a estreia como mandante foi contra o Criciúma, também com portões fechados, devido à punição por brigas no jogo contra o Vasco, em 2022. Nas partidas seguintes, contra Botafogo-SP e Ceará, o público total foi de 8.844 torcedores, e a arrecadação atingiu R$ 111.765. Com correção pela inflação acumulada de abril de 2023 a abril de 2024, o montante atualizado é de R$ 123.041.
Ainda assim, a necessidade de aumentar a receita com bilheteria persiste.
Nos dois jogos com público na Série C deste ano, a Ponte Preta superou a soma de torcedores da Série B de 2022, quando, nos três primeiros jogos como mandante (Grêmio, CRB e Brusque), recebeu 10.356 pessoas. O crescimento percentual foi de 8,75%. A arrecadação atual de R$ 165.290 ainda está abaixo dos R$ 218.345 somados em 2022. Com correção monetária pelo IPCA, esse valor sobe para R$ 251.553,52 — uma queda de 24,29% em relação ao total atual.
Em 2023, o início foi mais promissor: empate com o Coritiba (1 a 1), vitória sobre o Amazonas (3 a 0) e derrota para o Santos (2 a 1), com público total de 17.457 torcedores e arrecadação de R$ 408.900.
As bilheterias foram parte importante do financiamento do clube durante os anos na Série B, entre 2022 e 2024. Excetuando os anos de pandemia (2020 e 2021), que inviabilizaram a presença de público, a Ponte arrecadou R$ 4.224.300 em bilheteria nesses três anos, com público total de 247.348 torcedores em 56 jogos — média de 4.416 pessoas por partida.
Neste ano, os números melhoraram. No Paulistão, a média de público foi de 8.045 torcedores em seis partidas, com arrecadação total de R$ 1.178.840.
Ainda há espaço para mais avanços. Durante o Conselho Arbitral da Série C, a Ponte conseguiu aprovar a redução do piso de preços para R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). No entanto, a diretoria ainda não aplicou esses valores até o momento.
Enquanto espera por público maior e arrecadação mais robusta, a diretoria também volta suas atenções para o mercado da bola. A ideia é reforçar o elenco com, no mínimo, quatro contratações. Os nomes ainda não foram divulgados. A janela de transferências da Série C será encerrada em 10 de junho.
Entre as movimentações já definidas, está a saída do zagueiro Mateus Silva, repassado em definitivo ao Náutico. O defensor, que não entrou em campo na atual temporada e tem salário estimado em R$ 100 mil, volta a trabalhar com Hélio dos Anjos, técnico que o comandou na Ponte em 2022 e 2023.
Após o rebaixamento na Série B, no fim do ano passado, o zagueiro tinha entrado na Justiça do Trabalho de Campinas com uma ação cobrando 2,3 milhões da Macaca, entre falta de pagamentos e cláusula compensatória, além da rescisão com urgência por atraso de 24 meses de FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), além de férias e 13ª salários integrais de 2023 e 2024. Após a repercussão negativa, a diretoria entrou em um acordo com o atleta e o processo foi retirado.
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