CLIMA TENSO

Ponte e Papão trocam farpas antes de duelo

Paysandu não gostou nada das declaração do técnico Nenê Santana

Elias Aredes
01/11/2024 às 14:58.
Atualizado em 01/11/2024 às 14:58
Sérgio Raphael está livre para atuar na reta final da Série B (Marcos Ribolli)

Sérgio Raphael está livre para atuar na reta final da Série B (Marcos Ribolli)

Considerado um confronto direto pela permanência na Série B do Campeonato Brasileiro, Ponte Preta e Paysandu, marcado para segunda-feira, às 21h, no estádio Moisés Lucarelli, tem clima quente nos bastidores. Os jogadores do Paysandu mostraram descontentamento pela análise de Nenê Santana sobre o duelo, feita logo após o revés sofrido diante do Mirassol. "Temos dois jogos em casa. Acho que com uma vitória e um empate, a gente sai dessa condição. Temos um jogo decisivo pela frente. É matar o Paysandu. Tenho certeza que a Ponte vai seguir na Série B", comentou o treinador pontepretano, que recebeu o endosso do atacante Renato. "Temos um jogo difícil contra o Paysandu e temos que ganhar." 

A resposta veio de maneira dura e imediata. Integrante do elenco do Guarani nas temporadas de 2022 e 2023 e hoje no Papão, o volante Leandro Vilela demonstrou contrariedade com a declaração em entrevista coletiva. "Eles tiveram uma derrota e logo em seguida o treinador interino já falou que agora é hora de matar o Paysandu, com essas palavras, para sabermos que vai ter um clima hostil. Eles vão estar jogando uma final assim como nós, mas acho que ninguém morre de véspera, ninguém ganha de véspera", afirmou. 

O jogador considera que o Papão não deve temer qualquer clima de hostilidade no Majestoso. "Nós temos que saber que eles vão para esse jogo querendo vencer de qualquer maneira. E nós vamos fazer a nossa parte, respeitando a equipe da Ponte, mas temos capacidade de fazer um grande jogo e sermos vitoriosos." 

A resposta do volante é motivada pela conjuntura. Com 40 pontos ganhos, a equipe paraense, de acordo com o Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, tem apenas 6% de risco de queda para a Série C enquanto a Macaca está com 33,7%. Caso o Papão vença o jogo e alcance os 43 pontos, o quadro ficaria consolidado. Com essa pontuação, a equipe teria 14,39% de risco de disputar a terceira divisão em 2025, segundo cálculos da UFMG. Para a Ponte a conjuntura é diferente. 

Uma vitória faria a Macaca alcançar os 41 pontos e isso não seria suficiente. Caso fosse derrotada nas rodadas finais nos jogos longe de Campinas contra Vila Nova (GO) e Avaí (SC) e no duelo em casa contra o Sport (PE), a probabilidade de queda ficaria em 67%. 

Uma notícia positiva é que o retrospecto é positivo contra o Paysandu na condição de mandante. Até hoje, são quatro vitórias, um empate e apenas uma derrota para o Paysandu atuando no Moisés Lucarelli. 

No retrospecto geral, ao levar em consideração os jogos oficiais das Séries A e B, os clubes se encontraram em 13 oportunidades. O saldo geral é de seis vitórias e três empates e quatro derrotas.

RETORNO

Em julgamento realizado na manhã de ontem, na 2ª Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), o zagueiro Sérgio Raphael recebeu uma advertência pela expulsão contra a Chapecoense, partida realizada na 25ª rodada. Na ocasião, a Macaca perdeu por 2 a 0. Diante da sentença, o jogador está livre para atuar na reta final da Série B do Campeonato Brasileiro. 

No entanto, a queda de produção de Sérgio Raphael o deixou em desvantagem por um lugar na zaga. Nos últimos dois jogos, Matheus Silva e Nilson Júnior foram os titulares, enquanto Joilson se recupera de lesão no departamento médico e é, na prática, o titular na posição. Para o jogo contra o Paysandu, o goleiro Pedro Rocha, o centroavante Jeh, o atacante Gabriel Novaes e o lateral Luís Felipe estão liberados, após cumprirem suspensão.

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