Equipe sub-20 participou da Série B do Campeonato Brasileiro da categoria (Marcos Ribolli)
Implantar uma filosofia de trabalho nas categorias de base para revelar jogadores com qualidade e domínio dos fundamentos do futebol. Essa é a intenção da Diretoria Executiva da Ponte Preta, que, desde sua posse em janeiro de 2022, procura estabelecer diretrizes de um trabalho uniforme.
A busca por um rumo está registrada nos balanços financeiros da atual gestão. No primeiro ano de gestão, em 2022, a Macaca tinha sob sua responsabilidade 67 atletas nas categorias sub-15, sub-17 e sub-20. No ano seguinte, o contingente subiu para 89 garotos e caiu para 63 no ano passado. O presidente da Ponte Preta, Marco Antonio Eberlin, considera que o padrão ideal é contar com 25 atletas em cada categoria. “Assim, teremos melhor qualidade na formação do atleta. Menos gente, maior atenção, você dará aos jogadores. Você tem uma com 40 e tem uma classe com 20”, afirmou.
DIRETRIZES E FORMAÇÃO UNIFICADA
O dirigente acredita que o próximo presidente já estará ciente da missão de fazer um trabalho de uniformização de método nas categorias. “Hoje, em 95% dos clubes do Brasil, quem faz a formação é o técnico da categoria. Eu acho que isso tem que ser padronizado pelo clube”, declarou Eberlin.
Para o presidente, não se pode naturalizar o cenário atual nos clubes brasileiros. Os técnicos, segundo Eberlin, são os responsáveis pela condução do processo. O ideal seria que o clube tivesse sua própria metodologia de trabalho. “Categoria de base não é para ganhar títulos, é para revelar jogadores. As categorias sub-15 e sub-17 devem ser usadas para treinos de fundamento. A parte tática deve ser introduzida no sub-20”, explicou Eberlin, que confirma sua intenção de, a longo prazo, viabilizar no elenco profissional uma quantidade equivalente à metade dos jogadores provenientes das categorias de base. “Se não for assim, não tem sentido a existência das categorias de base”, completou.
AVALIAÇÃO DOS ATLETAS E RESULTADOS
Os dados do balanço financeiro publicado no site oficial da Federação Paulista de Futebol mostram que, em dezembro de 2022, a avaliação dos atletas inseridos nas categorias de base foi de R$ 33,1 milhões. Em 2023, o valor subiu para R$ 34.782.073. No primeiro ano de seu mandato, em 2022, a avaliação estava em R$ 36.282 milhões.
A aposta nas categorias de base já rendeu frutos na atual gestão. Quando assumiu como treinador da Ponte Preta, Hélio dos Anjos fez um trabalho de garimpagem que resultou nas aparições dos volantes Felipe Amaral, Léo Naldi e Felipinho, todos vendidos ao mercado nacional.
Busca por novos reforços e manutenção do elenco
Cuidar das revelações não impede a Comissão Técnica de continuar de olho no mercado. O coordenador de futebol, João Brigatti, continua em busca de um substituto para o lateral-esquerdo Danilo Barcelos, que sofreu uma lesão no joelho e está fora de combate para este ano. Kevin, vinculado ao Paysandu, é uma das opções. O prazo da janela de transferências será encerrado na terça-feira. Além da busca por um novo lateral-esquerdo, a diretoria da Ponte Preta quer trazer mais um armador e um zagueiro para completar o elenco de 31 jogadores aptos a entrarem em campo. Em contrapartida, alguns jogadores que não são mais utilizados podem sair até terça-feira, como o atacante Victor Andrade e o volante Jonhy Lucas, que não teve chance no elenco. O zagueiro Danrlei Santos e o centroavante Danrlei estão em processo de recuperação no departamento médico. No jogo contra o ABC, marcado para o dia 14 de junho, já é certo que a equipe não contará com o volante Dudu e o lateral-esquerdo Artur, ambos suspensos. Em contrapartida, a equipe terá o retorno do volante e zagueiro Emerson Santos e do volante Léo Oliveira, que cumpriram suspensão.
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