O presidente da Ponte, Marco Eberlin, afirma que dívidas serão pagas (Diego Almeida/PontePress)
Em decisão anunciada na última terça-feira, dia 2 de outubro, a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) anunciou a aplicação de um novo transferban´s para a Ponte Preta, em virtude da ausência de pagamento da primeira parcela do acordo coletivo, no dia 20 de setembro e no valor de R$ 550 mil. O compromisso foi firmado no começo de setembro e foi definido um plano coletivo para quitação de pendências com jogadores, técnicos, agentes e clubes que cobram dívidas da Ponte. O total parcelado foi de R$ 10 milhões em 10 anos. A meta é pagar 20% do total dos débitos até o final de 2025.
Pelo acordo coletivo, foram atingidos 92 processos pelo acordo, e que estipulada a obrigação de uma mensalidade de R$ 150 mil mensais. O acordo foi feito para evitar constrangimentos como quando a Macaca foi punida pela falta de pagamento para o técnico Eduardo Baptista, hoje no Novorizontino, e do zagueiro Nathan, cujas dívidas totalizavam R$ 2 milhões. O clube fez acordo com o técnico Marcelo Chamusca, que tinha R$ 300 mil para receber. As ações foram geradas na gestão de José Armando Abdalla Junior, encerrada em meados de 2020.
Na nova decisão, assinada pelo presidente da CNRD, Celso Portela, e outros três integrantes do CNRD, não havia outra decisão mais coerente do que aplicar um novo Transferban. “(...), em relação ao prazo de pagamento integral do plano coletivo deferido à PONTE PRETA, conforme o item 61 da Ordem Processual nº 4, o painel julgador destaca que o prazo foi substancialmente reduzido. Nota-se que a forma de pagamento determinada pelo painel julgador permite que o plano de pagamento seja cumprido em cerca de sete anos, sendo que, ao menos 60% da dívida total seja paga em cerca de quatro anos (...)”, afirmou o trecho da sentença.
Os integrantes da Câmara Nacional de Resolução de Disputas descreveram ainda as obrigações que estavam sob a responsabilidade da diretoria da Macaca. “ (…)a PONTE PRETA deveria pagar R$ 550 mil até 20.9.2024. Como já mencionado anteriormente, esse valor equivale aos R$ 400 mil reservados entre maio e agosto de 2024 somados aos R$ 150 mil referentes ao pagamento mensal de setembro de 2024. (…) A PONTE PRETA não provou ter pagado qualquer valor. Ainda que tenha apresentado a manifestação (…) essa apresentação, por si, não suspende o seu dever de cumprir o plano determinado”, afirmou o texto.
O presidente da Ponte Preta, Marco Antonio Eberlin, por sua vez, considera que existe uma tempestade em copo d´água com essa decisão. Para ele, como a próxima abertura de janela de transferência só ocorrerá no ano que vem, não há justificativa para alarido. “Eu fico triste com esse tipo de notícia de transfer ban. São pessoas que dizem torcer para a Ponte e ficam jogando essas coisas em grupo de WhatsApp. Nós entramos com um pedido em abril para parcelamento das dívidas e no período de análise nenhum transferban seria protocolado”, disse o presidente, em entrevista a Rádio Bandeirantes Campinas. “O CNRD aprovou o plano da Ponte Preta e colocou o pagamento da primeira parcela para 20 de setembro, mas a Ponte Preta protocolou o pedido de prorrogar porque não estava esperando esse prazo apertado”, disse o dirigente pontepretano.
Eberlin assegurou o pagamento do acordo. “Não haverá mais transfer ban. Vamos iniciar o parcelamento nos próximos dias. Não temos pressa porque não vamos inscrever ninguém. Vamos acalmar e focar dentro de campo. Não é o momento para tumultuar. Estamos em dia novamente com o salário. Está tudo certo e tudo rigorosamente em dia”, completou Eberlin.
No gramado, a Macaca precisa buscar a reabilitação, amanhã, às 17h, contra o Botafogo-SP, no estádio Moisés Lucarelli. O lateral-esquerdo Gabriel Risso deverá jogar após cumprir suspensão e diante da lesão do lateral Heitor Roca.
Siga o perfil do Correio Popular no Instagram
