Montagem do time foi parceria entre Brigatti e Marco Eberlin (foto) (Diego Almeida/PontePress)
Ao entrar em campo amanhã, a partir das 18 horas, para disputar as quartas-de-final do Campeonato Paulista, contra o Palmeiras, na Arena Barueri, a Ponte Preta referenda a metodologia de trabalho aplicada pelo presidente Marco Antonio Eberlin, que alcançou as fases decisivas e abriu mão de práticas modernas de gestão esportiva.
Em diversas ocasiões, o presidente pontepretano sempre colocou-se contrário a figura do executivo de futebol, cargo que existia nas administrações anteriores de Márcio Della Volpe, Vanderlei Pereira, José Armando Abdalla Junior e também com Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho. Neste período, os resultados mais expressivos foram os acessos obtidos na Série B em 2011 e 2014, a oitava colocação na divisão de elite em 2016, além do vice-campeonato na Copa Sul-Americana de 2013. Em contrapartida, os executivos protagonizaram os rebaixamentos em campeonatos nacionais nas edições de 2013 e 2017.
Eberlin assumiu a diretoria executiva em janeiro de 2022 e nomeou o ex-atacante Luis Fabiano como coordenador de futebol. A sua saída ocorreu em 13 de julho, durante a Série B e teve como saldo a queda para a Série B com apenas nove pontos somados. Com o insucesso de Fabiano, Eberlin continuou a apostar no seu faro e só mudou de ideia no ano passado, quando anunciou a chegada do técnico Pintado, no dia 23 de julho, juntamente com João Brigatti, que chegou para exercer a função de coordenador técnico, trabalho interrompido no dia 2 de outubro do ano passado, quando Pintado, hoje na Portuguesa, foi desligado e Brigatti assumiu como treinador efetivo.
Com presença assegurada para o Paulistão deste ano e com contrato renovado para a Série B, o ex-goleiro foi o responsável direto pela montagem do time. Pelo mecanismo definido, o técnico pontepretano era procurado pelos empresários e o comandante da alvinegra encaminha uma exigência: a entrega de um vídeo com o jogador em ação em um jogo com o seu time como mandante e uma outra partida como visitante. Caso a produção fosse aprovada, o jogador era encaminhado para acerto.
A Ponte Preta não é a única adepta de um método administrativo mais conservador para tocar o futebol profissional. Participante das quartas de final, a Internacional de Limeira teve o seu presidente Danilo Maluf como responsável pelas contratações ao lado do técnico Júnior Rocha.
Para completar o portfólio de boas notícias, a Macaca foi agraciada com o troféu de prata no Programa de Excelência da Federação Paulista. A equipe foi representada pelo vice-presidente Jerônimo Tognolo, o Nenê. ““Esse prêmio é um reconhecimento pelos os esforços da atual diretoria executiva. Mesmo com alguns contratempos, seguimos trabalhando para manter a Ponte Preta organizada, fortalecendo ainda mais esse clube centenário”, disse o vice-presidente na cerimônia realizada anteontem.
O Programa de Excelência da FPF avalia as evoluções dentro de cada quesito ao longo da temporada, por intermédio de ações e relatórios desenvolvidos a partir dos seguintes critérios: categorias de base, torcida, infraestrutura, negócios, atletas e comissão técnica, desempenho técnico, futebol feminino, recursos humanos, filiação e gestão e finanças.
Em termos de preparação para o jogo de amanhã, um empate no tempo normal levará a decisão entre Palmeiras e Ponte Preta aos pênaltis. Quem conseguir se classificar para as semifinais já estará com vaga assegurada na próxima edição da Copa do Brasil.
Em relação a escalação, o técnico João Brigatti deverá contar com força máxima, inclusive com a presença de Nilson Junior para retornar ao esquema de três zagueiros.
Os desfalques são o atacante Gabriel Novaes e Dudu Sheit, que foram expulsos contra o Santo André.
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