Técnico Alberto Valentim conta com o entrosamento da zaga formada por Wanderson e Emerson (Marcos Ribolli)
A derrota para o Brusque por 4 a 1, na rodada passada, não arrefeceu o otimismo na Ponte Preta de que é possível sustentar um bom rendimento defensivo no confronto de amanhã, às 17 horas, contra o Náutico, no estádio dos Aflitos, em Recife (PE), em jogo válido pela sétima rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. No atual andamento da temporada, a Macaca não sofreu gols em oito dos 19 jogos disputados, o que representa 42,10% do total. O aproveitamento satisfatório como visitante, de 76,6%, não esconde o fato de que a eficiência da zaga é de menor efetividade fora de casa. Nos dez jogos realizados longe de Campinas, em apenas três a equipe não teve as redes vazadas. O primeiro foi na largada do Paulistão, na vitória por placar mínimo diante do Novorizontino. Na competição regional, a vitória por 1 a 0 sobre o Água Santa reforçou a eficiência dos zagueiros pontepretanos, assim como diante do Ituano, já pela terceirona nacional.
Contra o Náutico, o desafio é firmar um novo cenário. Quando assumiu a equipe, o técnico Alberto Valentim chegou a patrocinar, em alguns jogos, um trio de zagueiros que contava com a aparição de Danilo Barcelos ou Artur, em revezamento na função. A Série C virou palco de uma nova configuração. Os titulares atuais são Wanderson e o polivalente Emerson Santos, que ora atua como volante e, em outras ocasiões, como beque.
Contratado junto ao CSA, Wanderson reconhece o cenário difícil que irá enfrentar. Os times treinados por Hélio dos Anjos realizam marcação sob pressão na saída de bola do adversário nos minutos iniciais, o que impõe um desafio aos zagueiros responsáveis pela construção ofensiva. “É um adversário difícil e qualificado. Eu conheço bastante o treinador que está lá (Hélio dos Anjos). Trabalhei dois anos com ele. Quero ajudar para buscar o resultado”, disse o defensor, que aproveita para relembrar a época em que esteve ao lado do atual comandante do Náutico. “É um cara que eu respeito muito, por ter conquistado um acesso, dois títulos e uma permanência na Série B com ele. Devo muito a ele, mas agora preciso defender o meu lado e as cores da Ponte Preta”, completou o zagueiro.
Para Wanderson, o desempenho opaco da defesa contra o Brusque já é coisa do passado. “Foi um resultado atípico e que não vai se repetir. Vamos buscar a nossa melhor performance dentro de campo para voltarmos a vencer”, arrematou.
A Série C marca um novo instante na trajetória de Emerson Santos na Ponte Preta. Ele não esconde a satisfação de atuar como zagueiro, sua posição preferida. Quer aproveitar esse conforto tático e de posicionamento para auxiliar a equipe na busca por um bom rendimento. “Eles vão jogar em casa e têm a vantagem de contar com o torcedor. Vamos montar nossa estratégia e executá-la da melhor maneira”, explicou Emerson.
O cenário favorável para pontuar no Recife não faz Emerson Santos esquecer da obrigação de, na sequência, aprimorar o desempenho dentro do Majestoso, que atualmente é de 44,4% dos pontos disputados na temporada. “Jogar em casa com o nosso torcedor é fundamental. (Contra o Brusque) foi um jogo em que a gente estava bem no primeiro tempo, mas não conseguimos concretizar (as oportunidades) em gol. Logo depois teve a expulsão (do Dudu) e tivemos que nos abrir um pouco”, relembrou. Após o duelo contra o Náutico, o próximo desafio da Macaca será diante do Ypiranga (RS), no dia 2 de junho, no Majestoso.
Preparação
A semana marcou o retorno das atividades no Centro de Treinamento do Jardim Eulina, que teve o gramado reformado, além de avanços na construção de mais dois campos. Nos próximos dias, deve ser anunciada a transferência do zagueiro Mateus Silva para o Náutico. A negociação será na modalidade de empréstimo.
O Departamento de Futebol Profissional, por sua vez, deverá aproveitar a janela extra para o Mundial de Clubes, entre os dias 2 e 10 de junho, para contratar de quatro a cinco reforços. As posições não foram reveladas.
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