Christine Rodrigues é integrante da Diretoria Executiva da Ponte Preta (Pontepress-Divulgação)
Planejar a equipe de futebol profissional não é o único objetivo da Ponte Preta nesta temporada, cujo recomeço será entre os dias 12 e 14 de abril no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, contra o Figueirense, em confronto válido pela rodada de abertura da Série C. O Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, é um marco para demonstrar o avanço da participação feminina nas esferas de poder da alvinegra. Na atualidade, a Diretoria Executiva tem a participação da advogada Lucimara Ferreira como diretora de inclusão social e Christine Rodrigues, diretora social e coordenadora das franquias oficiais da Ponte Preta. Outra figura emblemática é Maria José Zanetti Fernandes, a Mazé, que, desde 2021, é integrante do Conselho Deliberativo.
Segundo Christine Rodrigues, a comemoração da data é uma oportunidade para celebrar as mulheres que demonstram capacidade de exercerem múltiplas tarefas. "A mulher que trabalha, a mulher que cuida da casa, a mulher que ajuda do marido, a mãe solo, toda mulher tem o seu valor e mérito", disse Rodrigues.
A função de destaque vem acoplada com o orgulho de atuar e trabalhar no clube do coração. "É uma honra estar podendo, de alguma maneira, que seja da menor maneira possível, poder contribuir para o meu time. Isso é uma coisa que vem de berço, vem de coração. É muito prazeroso e muito desafiador, porque infelizmente a mulher ainda tem espaço muito pequeno. Ela é pouco notada e muito subestimada. Então, hoje poder estar nesse meio é um orgulho muito grande", disse a dirigente estatutária, que ressalta a participação do presidente Marco Antonio Eberlin, que abriu as portas para que exercesse suas tarefas com plenitude.
Na função de segunda secretária da Diretoria Executiva, Beatriz Fernandes Okano, não esconde a satisfação de ser uma representante das mulheres pontepretanas nas esferas de poder da instituição. "Tenho gostado muito de participar dos eventos, reuniões da diretoria e poder ficar mais perto do meu time do coração. Muito honrada e orgulhosa em fazer parte do time de mulheres nessa gestão", disse.
Participante dos trabalhos na área jurídica, que viabilizaram acordos para a Ponte Preta na Justiça Trabalhista e na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), a advogada Talita Garcez considera que alguns obstáculos presentes na sociedade estão replicados no futebol profissional, como atitudes e posturas machistas que impedem a ascensão das mulheres em outros cargos.
"O futebol no Brasil nada mais é do que um reflexo da nossa própria sociedade. Infelizmente, existem diversas dificuldades de ascensão para mulher, seja em questão de atingir postos de gerência ou em questões salariais. Mas, felizmente, as mulheres estão tomando seus lugares", analisou a advogada.
Caminhos
Para ela, será preciso paciência para viabilizar novos avanços. "O meio esportivo não acompanha o compasso (da sociedade), mas é muito bacana quando a gente vai a eventos e tem mulheres do meio jurídico atuando no ambiente esportivo. Entretanto, o número não passa de 20%", pontuou. Existem bons exemplos a serem seguidos. Okano valoriza o papel de dona Mazé no Conselho Deliberativo. "Ela é pontepretana desde que me conheço por gente e faz de tudo pela nossa Macaca querida. Nos altos e baixos, ela marca presença e não abaixa a cabeça para nada", disse Beatriz Okano, sem medo de revelar os laços afetivos que elevam ainda a admiração pela componente do Conselho Deliberativo. "É uma avó excelente, presente, amável, meio maluquinha, mas que faz de tudo pelos netos e o bisneto Matteo (filho de Beatriz). Maior orgulho em tê-la bem.
Siga o perfil do Correio Popular no Instagram.
