NO ALLIANZ

Ponte a um passo do 'impossível'

Embalada por uma reação espetacular, Macaca pode hoje chegar a sua sexta decisão de Paulista

Gustavo Magnusson e Estadão Conteúdo
02/08/2020 às 11:48.
Atualizado em 28/03/2022 às 19:53
A Ponte, do treinador João Brigatti, vem de três vitórias consecutivas (Luiz Guilherme Martins/Ponte Press)

A Ponte, do treinador João Brigatti, vem de três vitórias consecutivas (Luiz Guilherme Martins/Ponte Press)

Embalada após conquistar três vitórias consecutivas desde a retomada do futebol, em desempenho perfeito que levou a equipe da lanterna geral para as semifinais do Campeonato Paulista, a Ponte Preta enfrenta o Palmeiras hoje à noite, às 19h, no Allianz Parque, em busca de sua sexta final estadual na história, sendo a terceira de 2008 para cá. A Macaca viaja para a capital paulista com a sensação de dever cumprido, mas sem deixar de lado a ambição para alcançar uma vaga na decisão contra Corinthians, podendo repetir a edição de 2017, ou Mirassol, naquela que seria a primeira final entre times do Interior desde 2004. Para o duelo decisivo de hoje contra o Palmeiras, o técnico João Brigatti não tem nenhum desfalque por suspensão, já que os cartões foram zerados a partir das quartas de final. As baixas por lesão continuam sendo apenas o zagueiro Cléber Reis e o jovem atacante Bruno Veras, que seguem afastados por problemas físicos. Desta forma, a Ponte Preta aposta mais uma vez na grande fase do atacante Bruno Rodrigues para superar a defesa do Palmeiras, que é a melhor da competição, com apenas 6 gols sofridos. Desde a volta do Paulistão, o jogador participou diretamente de quatro dos seis gols que a Ponte marcou, sendo o autor de três deles, todos de cabeça, juntando-se a Roger como artilheiro da Ponte na competição, com 4 gols. "O Bruno se preparou demais para esse momento, juntamente com toda a equipe. Ele teve um preparo especial nessa quarentena, fez regime e está muito mais magro", afirmou João Brigatti. O goleiro e capitão Ivan, que fazia parte do grupo pontepretano que eliminou o Palmeiras nas semifinal de 2017, projeta um grande embate diante do Verdão. “O time se encaixou e está mostrando um espírito aguerrido, marcando forte, buscando o resultado e fazendo gols. Acredito que será uma grande partida. O Palmeiras tem uma equipe bem qualificada, então temos que ficar atentos e fazer o nosso melhor”, diz. Além do desafio de eliminar o Palmeiras, a Ponte Preta também terá a preparação física de seus jogadores colocada à prova, já que este será o quarto jogo da equipe em apenas 12 dias. Este é apenas o início de uma maratona que pode ter mais dois jogos até o próximo sábado, quando está programada a segunda partida da final do Paulistão, antes do início da Série B. Jejum contra o adversário dura mais de três anos Se derrotar o Palmeiras fora de casa, a Ponte Preta quebrará um incômodo tabu que já perdura por mais de três anos contra o adversário da noite de hoje. A equipe de Campinas acumula um jejum de seis jogos sem vitória contra a equipe alviverde. A última vez que a Macaca conseguiu superar o rival foi em abril de 2017, quando aplicou 3 a 0 sobre o Palmeiras de Eduardo Baptista, no Moisés Lucarelli, pelo primeiro jogo da semifinal do Campeonato Paulista. Na partida de volta, a Ponte, então treinada por Gilson Kleina, segurou o rival e perdeu apenas por 1 a 0, avançando para a decisão contra o Corinthians. Naquela ocasião, a Macaca amargou o vice após largar perdendo por 3 a 0 em Campinas e ficar apenas no empate em Itaquera. Desde o jogo de ida da semifinal estadual de 2017, o histórico do confronto entre Ponte Preta e Palmeiras aponta cinco vitórias para o time da capital e apenas um empate por 0 a 0, na primeira fase do Campeonato Paulista de 2018. Ao longo desta série negativa, que contou com três partidas no Majestoso, duas no Allianz Parque e uma no Pacaembu, o Palmeiras marcou sete gols contra apenas um da Macaca, anotado por Lucca, na derrota por 2 a 1 no Brasileirão de 2017. Curiosamente, nos cinco jogos anteriores a esta série negativa, o retrospecto era amplamente favorável à Ponte: quatro vitórias e um empate. No encontro entre as duas equipes nas primeira fase do Campeonato Paulista deste ano, no dia 8 de fevereiro, o Palmeiras bateu a Ponte Preta por 1 a 0, no Majestoso, com gol de Willian. Palmeiras ainda está em busca da formação ideal Com atuações irregulares na retomada do Paulista, o Palmeiras enfrenta a Ponte Preta ainda em</IP> busca da formação ideal para se classificar à final do Campeonato Paulista, torneio que não vence desde 2008. O Palmeiras tem a melhor campanha entre os quatro semifinalistas — 25 pontos em 13 jogos —, o que lhe garante a vantagem do mando de campo na semifinal e no segundo duelo da decisão, se avançar, mas o desempenho nas últimas três partidas causou alguma preocupação. O time perdeu para o Corinthians por 1 a 0, depois derrotou o Água Santa por 2 a 1 e o Santo André por 2 a 0 para avançar às semifinais. E se no clássico os seus melhores momentos foram no segundo tempo, também foi na etapa final que saíram os quatro gols, sendo três após os 40 minutos. Esses gols tardios, aliás, parecem ser uma tônica do Palmeiras em 2020, mesmo antes da pausa das competições. Tanto é assim que o time marcou 22 dos seus 26 gols nesta temporada no segundo tempo. A insistência até o fim, que também é vista como dificuldade para criar, pode ser importante para evitar o que aconteceu em 2019, quando após dois 0 a 0, caiu nas semifinais nos pênaltis para o São Paulo. Terceiro treinador que mais vezes dirigiu o Palmeiras — 390 partidas —, Luxemburgo poderá se igualar a Luiz Felipe Scolari, o segundo da lista de jogos, na vice-liderança de vitórias, com 237. Os dois rankings são liderados por Oswaldo Brandão (586 partidas e 342 vitórias).

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