Novo uniforme resgata a história

Apresentados na última quinta-feira, em evento realizado na Via Appia, os novos uniformes do Guarani, confeccionados pela Topper, são um resgate da tradição bugrina. Com inspiração na cultura indígena, a coleção foi desenvolvida buscando valorizar a história do clube. As duas principais camisas — a verde foi estreada no jogo contra o Boa Esporte, na sexta-feira — foram produzidas com a gola em V e contam com grafismos geométricos étnicos nas laterais com efeito degradê. Além dos uniformes principais, a nova coleção também apresenta duas opções para as camisas de goleiro: azul com amarelo e bordô com detalhes em laranja e azul. Há também a camisa de aquecimento, de cor verde petróleo e inspirada no escudo do clube. Além da versão masculina, todas as camisas também terão versões juvenil e feminina. O lançamento significa um novo passo na parceria entre clube e a fornecedora de material esportivo. No ano passado, quando chegou, a Topper foi cobrada pela ausência de materiais, tanto para os torcedores, como até para profissionais do clube. Em 2018, isso começou a mudar com a aposta no terceiro uniforme, que fez sucesso durante a campanha vitoriosa da Série A2 do Paulista. Inseridos de vez em Campinas, já que também passarão a ser parceiros da Ponte Preta, representantes da Topper celebram a parceria, válida até o final de 2020. “Temos um enxoval completamente novo e o foco da Topper sempre será a performance do atleta. Obviamente, trouxemos uma comunicação, uma história da cultura indígena que tem relação extrema com o clube, mas o foco é na performance do atleta. Buscamos uma coleção fácil de usar, que tenha durabilidade e resistência”, diz Victor Lange, gerente de relações esportivas da Topper. “O balanço da parceria com o Guarani é muito positivo. É um prazer e um orgulho muito grande”, acrescenta. Por parte do Guarani, há também bastante otimismo, principalmente pela grande procura recente dos torcedores. Segundo dados divulgados pela Centauro, o Guarani foi o nono clube que mais vendeu camisas no Brasil no último mês, à frente de São Paulo, Botafogo, Santos e Ponte Preta. Em âmbito estadual, o Bugre foi o terceiro do ranking, atrás apenas de Palmeiras e Corinthians. “A parceria segue muito mais forte que no início. Quando a Topper chegou, tivemos que acelerar um processo porque havíamos rescindido com o fornecedor antigo e ficaríamos sem uniforme de jogo. Desde o primeiro tempo, nos atenderam bem e agora, com tempo para trabalhar o manto sagrado, a resposta é essa. Tenho certeza que será um recorde de vendas e que também seja uma camisa que conquiste vitórias dentro de campo”, analisa o presidente Palmeron Mendes Filho. Louzer espera reforços 'o mais rápido possível' O empate sofrido no final do jogo diante do lanterna Boa Esporte, em pleno Brinco de Ouro, esgotou a paciência do torcedor do Guarani, que cobrou bastante atletas e diretoria. O técnico Umberto Louzer, porém, analisou a partida com mais serenidade. O treinador viu fatores positivos, mas não escondeu a necessidade que o Bugre tem em qualificar seu elenco. À espera de reposições para as peças que deixaram o clube nos últimos dias, o comandante disse que aguarda por reforços o quanto antes. “Vamos canalizar energias com quem permanece e procurar encaixar os atletas. Vamos valorizar quem está aqui e buscar performance e rendimento”, disse. “O campeonato é longo e temos que repor as ausências nessas funções. A diretoria está trabalhando em cima dessas características que precisamos e esperamos contar com os atletas o mais rápido possível”. A expectativa é que o clube anuncie até o início da semana a chegada de três reforços, sendo um zagueiro e dois meio-campistas. Sobre a partida em si, Louzer lamentou mais uma vez a desatenção da equipe, que voltou a sofrer um gol após os 40 minutos do segundo tempo — sete pontos já foram perdidos na Série B nessa circunstância. “No final da partida, demos mais uma oportunidade de bola parada ao adversário. Tivemos controle no segundo tempo, voltamos melhores e fizemos o gol. Poderia ter ampliado o marcador em várias oportunidades, não conseguimos e fomos castigados no final.”