Ninguém confirma publicamente se a falta de pagamento tem afetado o elenco, mas ontem o volante Nathan acertou a sua saída do clube
Os jogadores da Ponte Preta confirmaram ontem o recebimento dos direitos de imagem relativos ao mês de maio. Já os salários de maio e junho previstos em carteira não têm data para ser quitados. Espera-se que o depósito seja feito até segunda-feira. Ninguém confirma publicamente se a falta de pagamento tem afetado o elenco, mas ontem o volante Nathan acertou a sua saída do clube. Já o zagueiro Reginaldo e o atacante Facundo Batista entraram na lista dos jogadores que poderão deixar o clube nos próximos dias. Nathan teria pedido para retornar ao Atlético-MG, mas poderá ser repassado ao América-MG. A diretoria informou, por meio de nota, que a rescisão foi feita em comum acordo. Reginaldo estaria novamente nos planos da Chapecoense, que já tentou sua contratação em abril. Facundo, que tem seus direitos ligados ao Chiasso, da Suíça, está fora dos planos da comissão técnica. Além destes três, existem situações para serem definidas com o meia Thiago Real e o lateral Giovanni. O atacante Ítalo, que nem estreou, já se despediu dos colegas e vai assinar com o Apoel, do Chipre. Com isso, a debandada pode chegar a seis jogadores na parada para a Copa América. A Topper — que desembarcou na Ponte Preta em julho de 2018 prometendo resgatar as raízes do clube com uniforme predominantemente preto e braco — entrou em rota de colisão com a diretoria. Dentro do contrato, havia a possibilidade de uma participação comercial do clube nas vendas e a promessa de ações de marketing e até produtos especiais para o torcedor. Mas, quase um ano depois, as reclamações se multiplicam. Além da dificuldade de se encontrar camisas oficiais nas lojas da cidade, não foi feita nenhuma ação diferente. "A gente não tem uma noção exata do que aconteceu com a Topper, se está conseguindo honrar os compromissos. É uma preocupação nossa sim, porque os torcedores querem camisa, itens da Ponte Preta, e a Topper não está conseguindo fornecer", explicou o presidente José Armando Abdalla Junior. De acordo com o dirigente, o time não tem enfrentando problemas por conta da falta de material esportivo. "Por isso fizemos uma notificação e eles ficaram de nos enviar e regularizar essa situação para o nosso torcedor", ressaltou. Vale lembrar que a Macaca tinha contrato com a Adidas até o final deste ano e rompeu 18 meses antes alegando insatisfação com o acordo.