Não é hora de desespero, diz técnico

Depois da derrota de virada por 2 a 1 para o Bragantino, jogando com um a mais desde os 7' do segundo tempo, a Ponte Preta encontrou no "se" todas as justificativas para explicar o tropeço. O resultado negativo acabou com uma invencibilidade de nove jogos, tirou a possibilidade de assumir a liderança e, de quebra, tirou o time do G4 da Série B do Campeonato Brasileiro. A onda de acontecimentos ruins se tornou realidade por conta das vitórias do Paraná, Atlético-GO e Londrina, concorrentes diretos pelas primeiras colocações na tabela. "Apesar de tudo, não é momento para desespero. Temos que ter cabeça no lugar e fazer um grande jogo no final de semana (sábado, em Salvador, diante do Vitória)" , disse o técnico Jorginho. Em sua avaliação, o trio de arbitragem errou demais. "Se tivesse o VAR na Série B, a gente teria vencido", disse, explicando os motivos da indignação. "Se o bandeirinha do lado de lá (João Brischiliari) tivesse visto que o Roger estava em condição legal no gol anulado (aos 18' do 1º tempo), se o juiz (Adriano Milczvski) não tivesse marcado a falta que resultou no gol de empate (aos 11' do 2º) e se o bandeirinha do lado de cá (Ivan Bohn) tivesse indicado o pênalti no final (aos 48' do 2º) a gente teria vencido por 3 a 2. Como não tem o VAR, somos obrigados a aceitar. Erros acontecem" , conclui. O treinador não se eximiu da culpa pela apatia do time depois de ter ficado com um jogador a mais, após Wesley ter sido expulso. "Às vezes, acontece um certo relaxamento que não pode acontecer. Isso é responsabilidade nossa sim. Chamei o Roger e disse para a gente manter a posse de bola. Não precisava fazer jogo vertical, mas não tivemos calma", admite. O tropeço interrompeu a invencibilidade de nove jogos da Macaca, que segue com 19 pontos e caiu para a quinta colocação. O Vitória, adversário de sábado, tem apenas sete pontos e ocupa a 18ª posição. "Temos que levantar a cabeça porque já temos outro jogo importante e vamos buscar a vitória fora de casa", afirma o zagueiro Reginaldo. Liberado O lateral-esquerdo Guilherme Guedes, que veio do Grêmio, está liberado para estrear e ser a principal novidade na equipe que vinha improvisando o zagueiro Henrique Trevisan na posição. "Agradeço a confiança da diretoria da Ponte e da comissão técnica. Estou feliz, muito motivado e vai dar tudo certo, tenho certeza. Estou ansioso para vestir a camisa da Ponte Preta", conta o atleta, que tem multa estipulada em 80 milhões de euros.