Motivado e com o apoio da diretoria, Mozart Santos está confiante na arrancada do Guarani na Série B (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
Dois jogos. Quatro pontos ganhos em um total de seis disputados. Estes são os números iniciais do trabalho do técnico Mozart Santos à frente da comissão técnica do Guarani.
Anunciado de forma oficial pelo Bugre no dia 28 de junho, com a função de fazer o Alviverde permanecer na Série B do Campeonato Brasileiro (depois da demissão de Daniel Paulista, atualmente no CRB e do insucesso com Marcelo Chamusca), o treinador teve a primeira partida atuando no Estádio Brinco de Ouro.
Na estreia geral, diante do CRB, fora de casa, a equipe já havia conseguido um empate e foi melhor que o adversário em boa parte dos 90 minutos. Recebendo o Cruzeiro, líder absoluto da segunda divisão nacional, o Guarani se impôs e fez valer o mando de casa.
Apreciado pelo torcedor, Mozart não teve dois atletas titulares por conta de força contratual: o lateral-esquerdo Matheus Pereira e o atacante Bruno José estão por empréstimo da Raposa. O clube campineiro estava em uma sequência pesada, na qual não vencia há quatro jogos (derrotas para Londrina e Ituano e empates com os dois times alagoanos).
"Além de líder, o Cruzeiro é o time que vem atuando melhor na competição. Quero parabenizar os jogadores, não só pelo jogo mas por toda a preparação da semana. A entrega deles foi espetacular, seja quem começou ou quem entrou no decorrer", analisou o comandante, em coletiva de imprensa.
"Há, claro, um ganho emocional. Nos fortalece, entretanto nós precisamos ter humildade de seguir nossa caminhada, sem muita euforia. A tarefa é difícil, mas com o trabalho tenho certeza de que sairemos desta situação incômoda. Sábado foi uma prova de fogo", emendou.
Mozart Santos relatou que ao longo da semana cheia de trabalhos, optou por priorizar a parte defensiva, já que a Raposa possui o melhor ataque da Série B e planejou as oportunidades de contra atacar - como no lance que resultou no gol do triunfo, por exemplo.
Apesar de não conseguir escapar da zona de rebaixamento ao término da décima sétima rodada, o Guarani chegou a 17 pontos, pulou uma posição e viu a distância baixar para um ponto da primeira equipe fora do Z-4, justamente a arquirrival Ponte Preta.
"Conhecia boa parte do elenco. Nós trouxemos a realidade na qual nos encontrávamos, porém ressaltando a qualidade do grupo. Ninguém chega a um clube como o Guarani à toa. Com os resultados positivos, a confiança tende a aumentar. Dia após dia vamos acrescentando algumas coisas. É um trabalho diário para construir ideia de jogo, vai dar certo", disse.
Com o centroavante Lucão do Break começando no banco de reservas, Giovanni Augusto fez uma função diferente ante a equipe mineira. O artilheiro do Bugre na temporada com seis gols marcados atuou como um falso 9.
Além disso, o sistema com quatro homens no meio de campo acabou sendo mantido. Mesmo dando certo, o professor admitiu que pretende alterar a plataforma tática - dependerá do confronto e das características de jogar do adversário.
"Especificamente sábado foi assim, eu queria ter superioridade no meio com o Giovanni e ter dois velocistas na frente, o Yago e o Maxwell. Acabou tendo êxito em vários momentos, mas não é sempre que vou usar o Giovanni como falso 9", justificou.
"Considero o (Leandro) Vilela um camisa 5 realmente. O Silas e o (Eduardo) Person eu entendo como um camisa 8. Em alguns momentos marcamos com uma linha de cinco, já que o Vilela virava um terceiro zagueiro”, disse.
Agenda
O Guarani iniciou ontem a preparação para enfrentar o Bahia. O jogo será novamente no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, sábado, a partir das 18h30.
