Giovanni Augusto e Bruno Miranda são apostas para melhorar o ataque ao lado de Jenison (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
Depois da pressão de enfrentar um clássico como o dérbi, o Guarani se prepara para enfrentar outro adversário complicado na Série B. Às 11h do próximo sábado, o time de Mozart Santos recebe o Tombense no Brinco de Ouro, em jogo válido pela 26ª rodada da competição. Para os bugrinos, a vitória pode diminuir a desvantagem para o primeiro time fora da zona de rebaixamento e, para os mineiros, a oportunidade de se aproximar do Vasco, primeiro time no grupo de acesso.
Além da necessidade de somar três pontos para não deixar os concorrentes contra o rebaixamento desgarrarem - a diferença para o CSA (16º colocado) é de três pontos -, o Guarani precisa dar uma resposta para os torcedores e traça metas para os últimos treze jogos que terá no campeonato.
O aproveitamento do Bugre com Mozart é o melhor entre os todos os treinadores que passaram pela equipe desde o início da Série B, mas ainda não é suficiente para alavancar a campanha da equipe e se livrar de uma queda para a terceira divisão nacional. Desde a chegada do treinador foram dez jogos com duas vitórias, quatro empates, três derrotas e 33% de aproveitamento.
Os números superam Ben-Hur Moreira (25% de aproveitamento em quatro jogos) e Marcelo Chamusca (27% em seis jogos), mas igualam Daniel Paulista (33% em cinco jogos). Se mantiver o aproveitamento da atual comissão técnica, o Guarani somaria apenas 13 pontos nos próximos jogos e chegaria aos 36 pontos, insuficientes para deixar o Z-4.
Ataque em baixa
Para atingir o objetivo de melhorar o aproveitamento na Série B, o Guarani precisa também de um ataque mais efetivo. Passadas 25 rodadas, o Guarani é dono do pior ataque da competição com apenas 15 gols marcados, média de 0.60 gol por jogo. O duelo contra a Ponte Preta foi o 12º que a equipe não balançou as redes. Com 27 gols sofridos, o saldo negativo de 12 gols pode pesar em um possível critério de desempate.
A comissão técnica segue avaliando o elenco para diagnosticar o problema da falta dos gols. De acordo com números do FootStats, o Guarani permanece como equipe que mais vezes acertou o gol adversário, com 123 finalizações corretas - quatro a mais do que o Cruzeiro, segundo colocado no critério. Mas o lance crucial do dérbi, na finalização de Rodrigo Andrade defendida por Caíque França, evidencia a falta de confiança dos atletas.
O Alviverde utilizou 38 jogadores no Campeonato Brasileiro, sendo três goleiros e 35 jogadores de linha, mas apenas 13 balançaram as redes. Outro detalhe: ninguém marcou mais que dois gols. Os laterais Matheus Pereira (que não está mais no elenco) e Diogo Mateus são os artilheiros na Série B, com dois gols cada. Outros onze atletas marcaram uma única vez.
A situação mais preocupante envolve os jogadores de ataque que não produzem: Bruno José (1 gol em 23 jogos), Nicolas Careca (1 gol em 16 jogos), Yago (nenhum gol em 21 jogos), Júlio César (nenhum gol em 16 jogos) e Maxwell (nenhum gol em 11 jogos).
Nova esperança
Para mudar essa perspectiva, o Guarani aposta no ataque 'ideal' de Mozart. O planejamento da comissão técnica envolve Jenison - que marcou logo em seu segundo jogo como titular - e o boliviano Bruno Miranda. Se o departamento médico liberar Jenison, vetado do dérbi por desconforto muscular, a dupla pode ser testada a partir do jogo contra o Tombense.
“Essa formação é muito próxima do que entendo como ideal. Ainda vamos esperar pela volta do Jenison para definir o time titular”, explica Mozart.
Edson Carioca, também debutante no clássico, foi elogiado pelo treinador bugrino e deve receber novas oportunidades nas próximas partidas. A ideia é testar novas opções por conta do baixo rendimento de Júlio César, Yago e Bruno José – que ainda não desempenharam bem na competição.