Após estreia fora de casa, Mozart faz análise da equipe e acredita em reação na competição (Célio Júnior/Especial para o Guarani)
Mozart Santos estreou no comando do Guarani com um ponto somado na partida contra o CRB, em Maceió, na última rodada da Série B. Mas a sequência na reta final do primeiro turno traz uma difícil projeção. O Bugre enfrenta o líder Cruzeiro no próximo sábado, no Brinco de Ouro, antes de fechar o turno contra o Bahia (3º colocado) e a Chapecoense (14º).
Os dois confrontos contra os integrantes do G-4 serão realizados no Brinco de Ouro, mas o fator mando não tem feito a diferença para o Bugre até o momento. A equipe tem apenas uma vitória em oito jogos em seus domínios - foi na partida contra o Criciúma no início da competição -, além de cinco empates e duas derrotas. Aproveitamento de 33%.
Mozart completa nesta terça-feira uma semana no comando do Guarani. Este é o tempo que ele teve para revisar os pontos positivos e negativos para melhorar os números a partir do final de semana contra o Cruzeiro.
"O Guarani tem condições de reagir. A prova disso é o segundo tempo que fizemos contra o CRB. Precisamos pensar jogo a jogo. O desafio é ter o espírito para se mobilizar e criar atmosfera de final a cada rodada. Eu acredito que vamos evoluir naquilo que eu acredito no futebol. Vamos pensar primeiro no Cruzeiro, que é o líder e vai ser um jogo duro", explica o treinador bugrino.
Pontos positivos
A reação no segundo tempo contra o CRB, citada por Mozart, foi o ponto positivo na partida da última rodada. A postura da equipe foi mais agressiva depois das mudanças após o intervalo. Lucão do Break, Mateus Ludke e Lucas Venuto entraram bem na partida. São jogadores que buscam novos status com a chegada de uma nova comissão técnica.
"Foi um segundo tempo satisfatório por conta do nosso volume de jogo. As trocas foram efetivas e os jogadores entraram muito bem. Merecemos o empate e criamos oportunidades para mais gols", ressalta Mozart.
Antes da partida, o treinador prometeu mudanças e novas oportunidades. O zagueiro Derlan e o meia Vitinho foram as principais mudanças na escalação. Os dois jogadores não estavam entre os mais aproveitados, seja com Daniel Paulista ou Marcelo Chamusca, mas foram bem avaliados pelo novo comandante.
"Foi o primeiro jogo do Vitinho como titular. Ele precisou sair no intervalo por conta de um ajuste tático para a entrada do Lucão. Mas gostei do que vi. É um jogador muito talentoso que pode crescer. O Derlan também foi meu jogador na Chapecoense e tem muita experiência. O Venuto recebeu poucas oportunidades e sabemos do potencial deste atleta. É o momento de todos buscarem espaço", analisa.
Pontos negativos
O primeiro tempo apontou um sistema defensivo novamente inseguro. O gol do CRB foi marcado após um conjunto de falhas na saída de bola, a recomposição lenta de João Victor e a saída estabanada de Arthur Gazze. O esquema sem um jogador de referência também não funcionou. Giovanni Augusto ficou isolado e Mozart precisou corrigir a formação com a entrada de Lucão do Break.
"O CRB assumiu o controle do primeiro tempo e não conseguimos responder ofensivamente. Precisávamos de um jogador de referência, principalmente nas jogadas de lado, por isso a entrada do Lucão ajudou. Ele foi bem, teve presença, segurou e preparou jogadas. Foi assim que saiu o gol do Vilela", justifica Mozart.
O Bugre também apresentou um alto número de passes errados na partida e precisará corrigir os erros para enfrentar o líder no próximo sábado. O time campineiro segue na vice-lanterna com apenas 14 pontos.
“Eu entendo que o torcedor esteja incomodado, mas espero que vá ao Brinco e nos apoie. O Cruzeiro é o favorito no campeonato antes da bola rolar porque tem um elenco forte”, encerra Mozart.
