Guarani tem cinco dias de treinamentos para se preparar para o jogo contra Novorizontino, em mais um confronto direto (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
A importante vitória do Guarani sobre o Operário, na última terça-feira, veio em ótima hora. Em mais um confronto direto na dura luta contra a zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro, o Bugre foi guerreiro do início ao fim, mostrando competência e disciplina tática para segurar a vantagem.
Evidentemente, o triunfo, que tira pelo menos de forma temporária a equipe do Z-4, é bom para o grupo e, claro, para o torcedor, que estava angustiado até a hora do apito final. Mas para uma pessoa o resultado é ainda mais emblemático.
Anunciado no dia 28 de junho para substituir o ex-treinador Marcelo Chamusca, Mozart Santos buscava incessantemente pelos três pontos na condição de visitante. Afinal de contas, desde que chegou na cidade de Campinas, o técnico havia feito sete jogos fora do Estádio Brinco de Ouro da Princesa, sendo três empates e quatro derrotas.
Antes do professor chegar, o Bugre havia conquistado um único placar positivo - há mais de três meses, quando venceu o Grêmio Novorizontino no Jorge Ismael de Biasi, pela décima segunda rodada.
Melhorar o desempenho fora de casa, conforme frisado por Mozart em outras oportunidades, era necessário para o Alviverde manter vivo o sonho da permanência na segunda divisão nacional. O confronto contra o Fantasma não era só mais um jogo na reta final, porém também de ‘seis pontos’. Com a vitória magra por 1 a 0, o Guarani saltou para 32 pontos (tendo apenas um de distância para a zona da degola) e assumiu a décima quinta posição, além de ultrapassar o time paranaense na tabela.
Para se ver totalmente fora desse bolo ao encerramento da trigésima rodada, o clube campineiro precisa torcer por mais um resultado. No sábado, a Chapecoense, 14ª colocada com os mesmos 32 pontos, recebe o CSA, que vem logo atrás do Alviverde, também com 32. Caso a equipe alagoana não vença, o Guarani irá permanecer fora da zona de rebaixamento.
"Tiro um peso das minhas costas, confesso. Não tínhamos vencido ainda fora de casa sob meu comando. Ainda mais vencer um jogo como esse, de confronto direto. Isso nos dá uma confiança ainda maior. Soubemos jogar como visitantes e soubemos também nos adaptar ao gramado, que estava muito pesado por conta da chuva", analisou o comandante, em entrevista coletiva.
"A nossa formação é bem técnica. Isaque, Giovanni Augusto e Rodrigo Andrade, por exemplo, são jogadores de combinação, mas hoje tiveram que se adaptar e entregar o que o gramado pediu. Saio feliz com o resultado e com o desempenho, principalmente. O comportamento dos meus atletas foi impecável e será assim até o final da competição", emendou.
Agora, como o Guarani volta a campo somente na terça-feira, dia 20, para receber o Grêmio Novorizontino, o plantel bugrino tem praticamente cinco treinos a serem realizados. Algo que, com o atual calendário, está cada vez mais raro no Brasil. O fato de poder ter mais tempo de preparação foi enfatizado por Mozart.
Em 2022, a exemplo de anos anteriores, as equipes dificilmente acabam tendo uma semana cheia de atividades. Por se tratar de ano de copa do mundo, as competições precisam terminar ainda mais cedo, uma vez que o mundial começa na segunda quinzena de novembro.
"Temos uma semana, o que é artigo de luxo no nosso calendário. Precisamos estar preparados mentalmente para para o jogo de terça-feira, em mais um confronto direto. No primeiro turno eu não estava aqui, mas vencemos, quem sabe agora a gente não consiga emplacar mais um triunfo. Ainda não temos duas vitórias consecutivas na temporada. Estamos prontos para isso e vamos com tudo", finalizou.
Desfalque
O meio-campista Giovanni Augusto foi expulso ao final do jogo com o Operário e será ausência certa para a comissão do Bugre, que já não conta com Ivan Alvariño e Júlio César, lesionados.
