Animado com a vitória sobre o Tombense, Mozart prepara um Guarani mais ofensivo na Série B (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
Com a missão de obter o máximo de pontos possíveis para evitar o rebaixamento à Série C, o Guarani quer aumentar ainda mais seu poderio ofensivo na reta final do Brasileirão. A vitória por 2 a 1 contra o Tombense, na última rodada, registrou o primeiro jogo sob comando de Mozart Santos que a equipe marcou duas vezes em 90 minutos.
Os gols marcados por Yuri Jonathan e Edson Carioca tiraram o Bugre do posto de pior ataque da Série B após 26 rodadas. A equipe agora soma 17 tentos – média de 0.65 – contra 16 do Vila Nova. No entanto, ainda são números que decepcionam e se equiparam aos times que também brigam contra a degola. Brusque (15º colocado), com 18 gols, e CSA (16º), com 17, completam a lista dos piores ataques.
O grande obstáculo do ataque do Guarani tem sido a eficiência. A equipe lidera a estatística de finalizações certas na Série B, com 131 finalizações no alvo, mas com apenas 17 gols registrados. É como se o Guarani precisasse acertar o gol pelo menos oito vezes para marcar – exigindo um volume de jogo ainda maior do sistema ofensivo. Na partida contra o Tombense foram 15 finalizações, sendo oito em direção ao gol, para dois gols marcados.
“Nós sempre tivemos muito volume ofensivo desde a minha chegada. Porém, com o Isaque e o Giovane Augusto jogando juntos, mais os volantes e as incursões do Jameron, facilitou as triangulações e as tabelas, porque são jogadores que têm um trato importante com a bola. Acaba que o Yuri e o Edson têm uma condição importante para finalizar. Eu quero dar mais mérito para esses jogadores que se entendem juntos e criam as situações”, explica Mozart.
Yuri Jonathan e Edson Carioca se juntam ao centroavante Jenison como responsáveis pela melhora da produção ofensiva do Guarani. Contratados na abertura da janela de transferências, eles somam três gols e apresentam números iguais e/ou melhores em relação aos demais atacantes do elenco: Nicolas Careca (1 gol em 15 jogos), Bruno José (1 gol em 24 jogos) e Giovanni Augusto (1 gol em 17 jogos), enquanto que Maxwell, Lucas Venuto, Yago e Júlio César ainda não marcaram.
“Fazer dois gols é um peso meu pessoal que eu tiro um pouco das costas porque minhas equipes nos últimos anos são equipes que sempre fizeram muitos gols e aqui a gente não tinha conseguido ainda fazer dois gols em um jogo. Pode ter certeza que eu estava muito incomodado com essa situação”, completa Mozart.
Dúvidas
Vetado nos últimos dois jogos por um desconforto muscular, Jenison ainda é dúvida para o jogo de amanhã, diante do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. Autor do gol da vitória contra o Náutico, o camisa 91 será reavaliado nesta terça-feira. Ele foi substituído por Yuri Jonathan, que marcou e teve o gol contra o Tombense eleito o mais bonito da rodada.
Quem não viaja para enfrentar o time carioca é o volante Rodrigo Andrade. O camisa 32 recebeu o terceiro amarelo na última rodada e agora cumpre suspensão automática. Madison, Eduardo Person e Richard Ríos, desfalque no último jogo por conta da expulsão no dérbi, são as opções no setor.
Na última atividade em Campinas, antes do embarque da delegação, a comissão técnica do Bugre testou a manutenção da formação com Giovanni Augusto, Isaque, Edson Carioca e Yuri. O 4-4-2 é alternativo ao esquema predominante de Mozart Santos.
“Optei por utilizar o Isaque com o Giovanni Augusto e acabou que deu muito certo no primeiro tempo com as infiltrações do Jamerson. Eles combinaram muito bem naquele setor. Fizemos uma saída de três segurando o Ivan, que era um lateral para marcar e virava zagueiro. Foi bem sólido. Nós fizemos um gol, criamos uma chance importante com Yuri e concedemos pouco ao adversário. Mas ainda é cedo para cravar que vou manter esse sistema”, analisou o treinador.