Moisés Moura recebe oportunidade de comandar elenco profissional (Thomaz Marostegan/Guarani FC)
A saída de Mozart do comando técnico do Guarani foi inevitável após derrotas para São Bernardo e Ferroviária. O Bugre, ainda com risco matemático de queda no Campeonato Paulista, reúne forças para enfrentar a Inter de Limeira na próxima rodada, em Sorocaba, antes de encerrar a primeira fase contra o Palmeiras.
Com 10 pontos, o Bugre só depende de si para garantir permanência na elite do futebol estadual. A equipe também quer disputar a Taça Independência, o antigo Troféu do Interior, que será o principal caminho para a Copa do Brasil de 2024. Os três melhores do torneio estarão garantidos na edição da próxima temporada da Copa do brasil.
Com paciência na escolha do substituto de Mozart, o Conselho de Administração repete a estratégia de outros tempos: apostar em quem está na casa. Os principais exemplos positivos são de Umberto Louzer, campeão da Série A2 de 2018 após a saída de Fernando Diniz, além de Thiago Carpini em 2019. Na época auxiliar, o ex-zagueiro permaneceu como líder da comissão técnica por um ano depois de conseguir grande arrancada na Série B.
Umberto Louzer e Carpini foram mantidos por conta dos resultados positivos. Agora, o escolhido da vez será Moisés Moura. O profissional de 43 anos recebeu voto de confiança do presidente do Bugre e vai comandar a equipe nos dois últimos jogos do Paulistão ao lado de Ben-Hur Moreira.
“O Moisés chega no fim do ano passado, tendo feito um bom trabalho no Braga, também fez um trabalho positivo na Copinha, com conceito e conhecimento para agregar a esse time. Tem que sempre dar uma oportunidade para o pessoal da casa. Foi assim com o Umberto, com o Carpini. A sequência vai dos resultados e do comportamento da equipe”, explica Ricardo Moisés.
Trabalho de base
Ex-zagueiro com passagens por Flamengo, Vitória e Cruzeiro, Moisés Moura desembarcou no Guarani para sua primeira experiência como treinador no Brasil no segundo semestre de 2022. Seu trabalho de principal destaque foi no comando da base do Braga, em Portugal, em 2020. Na ocasião, foram 17 vitórias em 35 jogos disputados.
Na carreira de atleta, Moisés foi revelado pelo Vitória, defendeu o Flamengo em 2007 e ainda jogou por Cruzeiro e Portuguesa, onde se aposentou em 2014. Fora do Brasil foram cinco temporadas na Rússia com passagens por Spartak Moskva e Sovetov. Também jogou no Al-Rayyan, no Catar, depois de uma longa estadia pelo futebol português. .
Quando contratado pelo Bugre, Moisés Moura assumiu o lugar de Alexandre Penna para a disputa da Copinha. Foram dois meses de treinamentos após transição nas categorias de base. O objetivo traçado pelo departamento de futebol era de alcançar o mata–mata das competições disputadas.
Na Copinha deste ano, principal torneio de base do Brasil, Moisés Moura comandou a classificação do Bugre no Grupo 8, ficando atrás do Grêmio. A eliminação ocorreu na segunda fase contra o Athletico Paranaense em Barretos.
Desejo antigo
Em 2008, quando contratado pelo Braga, de Portugal, Moisés Moura começou a trabalhar com Jorge Jesus e deu início à possibilidade de transicionar para a carreira de treinador quando pendurasse as chuteiras. Capitão de Jorge Jesus, se aproximou do comandante português e criou sua principal referência de estilo de trabalho.
O pontapé inicial ocorreu em janeiro de 2015, um mês após encerrar a carreira de atleta. O primeiro passo foi o curso da CBF, seguido pela licença da Uefa e os estágios na Europa. Em 2019, retornou ao Braga para ser auxiliar de Eduardo Jorge no sub-19 e assumiu o time de base após a promoção de Eduardo para o profissional.
O primeiro teste será no sábado, contra a Inter, em Sorocaba.
