Michel Alves diz que foi montado um grupo com 32 atletas; dirigente defende decisões com a cabeça fria. (Divulgação)
O Guarani vive uma fase complicada na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022.
Sem vencer há quatro rodadas, sendo quatro empates consecutivos, o Bugre está na zona de rebaixamento e passou, recentemente, por troca no comando da comissão técnica (a saída de Daniel Paulista e o retorno de Marcelo Chamusca, que fará a sua estreia no sábado, dia 28, diante do Sampaio Corrêa).
Até por conta dessa instabilidade, o superintendente de futebol do clube, Michel Alves, conversou com a imprensa para explicar como estão as coisas internamente e também para aparar algumas arestas, como por exemplo uma suposta briga que havia acontecido no vestiário dos Aflitos, no empate diante do Náutico, que aconteceu no dia 03 de maio.
"Lamento e até fico preocupado com esse assunto, pois é completamente descabida uma falácia dessa. Algumas coisas a gente guarda, mantém sigilo. Mas não existiu nada disso. Fico surpreso de alguém imaginar que há pancadaria em vestiário. Discussões sempre existem, como já aconteceu em outras oportunidades. Divergir, sim. Dividir, jamais. Aí é preciso desmentir algo que não existiu e nem passou perto", analisou Michel Alves, em coletiva de imprensa.
O dirigente do Alviverde aproveitou para falar sobre a montagem do grupo e a questão dos reforços para a sequência da temporada.
Como a janela de transferências abre somente no dia 18 de julho, até lá, caso decida trazer novos jogadores, só poderá acontecer se esse nome estiver sem contrato, ou seja, totalmente livre no mercado.
"O nosso elenco foi montado pensando que estamos em uma competição a longo prazo e que tem essa questão da janela que é uma nova realidade. Montamos um grupo com 32 atletas que na minha opinião é suficiente. Só vale a pena investir se for para trazer um jogador com característica diferente"e que venha para ser titular, disse.
"Nós sempre vamos estar abertos ao mercado. Temos, no plantel, pessoas com estilos diferentes para as funções. É necessário analisar a situação da janela, o custo e benefício das contratações. Na Série B tem a situação que, se fizer seis jogos, inviabiliza uma negociação. Se formos buscar alguém da Série A, tem que avaliar se é um jogador que está correspondendo. Estamos abertos às possibilidades", continuou.
Desde que demitiu o ex-treinador Daniel Paulista, atualmente no CRB, o time campineiro ficou cerca de 15 dias sem anunciar um novo professor e, com isso, parte da torcida do Bugre começou a pressionar e pedir mais agilidade no processo, haja vista o nível de dificuldade da segunda divisão nacional. Questionado, o superintendente esclareceu o assunto.
"Um clube do tamanho do Guarani exige responsabilidade e cobrança. A gente precisa manter a cabeça fria para tomar decisões, nada é do dia para a noite. Me perguntaram os motivos que levaram para demorar 10, 12 dias para anunciar o técnico. É preciso tempo para conversar e negociar. As coisas aqui, hoje, são diferentes. Há debates, trocas de ideias, no processo de contratação de treinador. O Marcelo Chamusca veio pelo histórico dele no clube. E nós buscamos um novo caminho a seguir", justificou.
Outro tema abordado foi sobre a primeira semana de trabalho do comandante Chamusca e a possibilidade de reaproveitar alguns atletas que sequer têm sido relacionados para as partidas, tais como o lateral-direito Matheus Ludke, além dos atacantes Maxwell, Lucas Venuto e Vitinho.
"Eu posso garantir que eles se motivam, principalmente os que estavam tendo menos oportunidades. O Marcelo disse que todo mundo está com a conta zerada e vai precisar mostrar serviço. Tem tudo para dar certo. Ele conhece o clube e a Série B. A equipe cria, finaliza bastante. É um ajuste fino que precisa e será feito", frisou.