PROTOCOLO

Médico da Ponte redige cartilha da CBF

A cartilha de orientações da CBF visando à retomada do futebol foi redigida pelo Dr. Roberto Nishimura, coordenador do departamento médico da Ponte Preta

Gustavo Magnusson/AAN
09/06/2020 às 10:34.
Atualizado em 29/03/2022 às 09:53

A cartilha de orientações da CBF visando à retomada do futebol brasileiro com o máximo de segurança diante da ameaça do novo coronavírus foi redigida pelo coordenador do departamento médico da Ponte Preta, Dr. Roberto Nishimura, integrante da Comissão Médica Especial da entidade. ”Tenho imenso orgulho de representar a Ponte Preta neste momento difícil e histórico, podendo auxiliar as pessoas e o esporte. Agradeço por ter sido nomeado redator pelo presidente da Comissão Médica e de Combate à Dopagem da CBF, Dr. Jorge Pagura. Parabenizo ainda os demais membros da comissão, pois em conjunto construímos um guia amplo que determina uma série de normas a serem seguidas por todos os times. O foco principal é oferecer a maior segurança possível para atletas, comissão técnica e todos os envolvidos nas atividades de treinamento e nos jogos, observando-se o maior rigor possível”, disse Nishimura, que também é integrante da Comissão Médica da Federação Paulista de Futebol. “É claro que há ações do próprio jogo que têm contato e não há como mudar isso, como ficar lado a lado em uma barreira, por exemplo. Mas tudo o que puder ser feito para minimizar a possibilidade de contágio será. Quem estiver jogando, por exemplo, não usará máscara, até porque a máscara durante a atividade física intensa pode gerar problemas de retenção de gás carbônico. Mas no banco de reservas, todos os jogadores e integrantes da comissão técnica estarão de máscara, mesmo porque boa parte dos estádios do país não tem bancos que possibilitem distanciamento”, explica Nishimura, que também revelou que o protocolo específico da Ponte Preta será divulgado em breve. De acordo com Nishimura, a expectativa é que o protocolo da CBF sirva como espelho para outros setores da sociedade. “O futebol é uma modalidade esportiva que extrapola a sua atividade fim, ou seja, é paixão nacional e está arraigada na cultura e no cotidiano brasileiro, com capilaridade em todas as regiões e classes sociais. Por isso é importante dar o exemplo”, destaca. Praticamente três meses depois da paralisação, as federações estaduais ensaiam um retorno de seus campeonatos entre o final deste mês e o início de agosto, com protocolos de saúde sendo apresentados aos governos. Nenhuma entidade marcou uma data específica para a retomada. Dos 20 clubes da Série A do Brasileiro, 11 já iniciaram os seus treinamentos e nove ainda não retornaram, como os quatro grandes de São Paulo — Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos —, pela situação crítica do Estado de São Paulo quanto aos casos. 

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